A revista Veja desta semana (edição 1964, n. 27 de 12 de julho de 2006), trouxe como tema da matéria de capa: O Pastor é Show! Assinalo destaque a algumas frases no decorrer da matéria, a começar da capa:
“Com uso da psicologia e auto-ajuda uma nova geração de pregadores dá espetáculo e reinventa a fé que mais cresce no Brasil” (capa)
“Ao retratar um dos fenômenos sociais mais interessantes do Brasil nos últimos anos, o da religião ao estilo auto-ajuda...” (carta ao leitor, p.9)
“Com menos ênfase no sobrenatural e mais investimento em técnicas de auto-ajuda, a nova geração de pregadores evangélicos multiplica o rebanho protestante e aumenta a sua penetração na classe média” (p. 77)
“A nova geração de líderes evangélicos achou um caminho muito mais certeiro e útil de chegar ao coração dos fiéis: o da auto-ajuda” (p.79)
“Os neopentecostais pregam o faça-você-mesmo, afirma o historiador e especialista em religiões da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Eduardo Bastos de Albuquerque” (p.81).
Não tenho a pretensão de examinar uma matéria de cunho jornalístico. Nem mesmo de tecer juízo de valor sobre o que seja ou não a prática dos irmãos neo-pentecostais. Entretanto, indubitavelmente, entendem os cientistas da religião interpretados pelos repórteres, que houve um avanço na prática religiosa evangélica no Brasil. A diminuição da ênfase no sobrenatural e mais investimento em técnicas de auto-ajuda, são símbolos que expressam esse progresso.
Em alguns momentos entendo o significado da matéria. Penso que de fato é bíblico, coerente e sensato atribuir ao homem e sua incapacidade de gerir os próprios recursos o rombo no cartão de crédito, do que reputa-lo inadvertida e irresponsavelmente ao diabo. Essa projeção de culpa é imoral. Compreendo que aguardar que um emprego caia do céu sem procurá-lo é comodismo irresponsável. Entendo que esperar a aprovação num vestibular sem estudar é preguiça.
Mas de um modo geral o mundo migrou para o antropocentrismo (o homem como o centro do universo). Sentimos-nos muito mais seguros quando podemos confiar em nós mesmos. Enquanto as possibilidades nos estão à mão. Se pudermos determinar a direção, então estamos a salvos. Falsa segurança! Preocupo-me com a tendência que exalta e centraliza o homem. Com a tendência, seja secular ou religiosa, que eleva o homem e zomba de Deus. Nessa perspectiva preservo meu conservadorismo. Assim, prefiro a ajuda do Alto que a auto-ajuda!
Pretendo permanecer com os profetas que afirmam: “Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz...” (Is. 2.22), “...Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Jr. 17.5). Apego-me às palavras do salmista: “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação (...) Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio...” (Sl. 146. 3 e 5). Firmo-me à sabedoria de Provérbios: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.” (Pv. 3:5). A confissão de Paulo deveria ressoar em nossos dias: “Miserável homem que eu sou!” (Rm. 7.24 NVI). Outra confissão do apóstolo determina com exatidão o lugar do homem e de Deus: “...Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles.” (Atos 14.15).
Há momentos em que a auto-ajuda em nada auxilia. Nesses momentos o que precisamos é da ajuda do Alto. Há momentos em que os recursos humanos se esgotam, então percebemos que os recursos divinos são inesgotáveis. Há momentos em que o avanço tecnológico e científico é insuficiente, então somente uma intervenção divina pode resolver. Nesses momentos o homem se rende ao Deus redentor! Há uma frase atribuída ao Rev. Guilhermino Cunha que sempre repito a mim mesmo: “Onde o homem cessa, Deus começa. O campo preferencial da ação divina é o impossível”. Por isso, prefiro a ajuda do Alto que a auto-ajuda!
“Com uso da psicologia e auto-ajuda uma nova geração de pregadores dá espetáculo e reinventa a fé que mais cresce no Brasil” (capa)
“Ao retratar um dos fenômenos sociais mais interessantes do Brasil nos últimos anos, o da religião ao estilo auto-ajuda...” (carta ao leitor, p.9)
“Com menos ênfase no sobrenatural e mais investimento em técnicas de auto-ajuda, a nova geração de pregadores evangélicos multiplica o rebanho protestante e aumenta a sua penetração na classe média” (p. 77)
“A nova geração de líderes evangélicos achou um caminho muito mais certeiro e útil de chegar ao coração dos fiéis: o da auto-ajuda” (p.79)
“Os neopentecostais pregam o faça-você-mesmo, afirma o historiador e especialista em religiões da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Eduardo Bastos de Albuquerque” (p.81).
Não tenho a pretensão de examinar uma matéria de cunho jornalístico. Nem mesmo de tecer juízo de valor sobre o que seja ou não a prática dos irmãos neo-pentecostais. Entretanto, indubitavelmente, entendem os cientistas da religião interpretados pelos repórteres, que houve um avanço na prática religiosa evangélica no Brasil. A diminuição da ênfase no sobrenatural e mais investimento em técnicas de auto-ajuda, são símbolos que expressam esse progresso.
Em alguns momentos entendo o significado da matéria. Penso que de fato é bíblico, coerente e sensato atribuir ao homem e sua incapacidade de gerir os próprios recursos o rombo no cartão de crédito, do que reputa-lo inadvertida e irresponsavelmente ao diabo. Essa projeção de culpa é imoral. Compreendo que aguardar que um emprego caia do céu sem procurá-lo é comodismo irresponsável. Entendo que esperar a aprovação num vestibular sem estudar é preguiça.
Mas de um modo geral o mundo migrou para o antropocentrismo (o homem como o centro do universo). Sentimos-nos muito mais seguros quando podemos confiar em nós mesmos. Enquanto as possibilidades nos estão à mão. Se pudermos determinar a direção, então estamos a salvos. Falsa segurança! Preocupo-me com a tendência que exalta e centraliza o homem. Com a tendência, seja secular ou religiosa, que eleva o homem e zomba de Deus. Nessa perspectiva preservo meu conservadorismo. Assim, prefiro a ajuda do Alto que a auto-ajuda!
Pretendo permanecer com os profetas que afirmam: “Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz...” (Is. 2.22), “...Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Jr. 17.5). Apego-me às palavras do salmista: “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação (...) Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio...” (Sl. 146. 3 e 5). Firmo-me à sabedoria de Provérbios: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.” (Pv. 3:5). A confissão de Paulo deveria ressoar em nossos dias: “Miserável homem que eu sou!” (Rm. 7.24 NVI). Outra confissão do apóstolo determina com exatidão o lugar do homem e de Deus: “...Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles.” (Atos 14.15).
Há momentos em que a auto-ajuda em nada auxilia. Nesses momentos o que precisamos é da ajuda do Alto. Há momentos em que os recursos humanos se esgotam, então percebemos que os recursos divinos são inesgotáveis. Há momentos em que o avanço tecnológico e científico é insuficiente, então somente uma intervenção divina pode resolver. Nesses momentos o homem se rende ao Deus redentor! Há uma frase atribuída ao Rev. Guilhermino Cunha que sempre repito a mim mesmo: “Onde o homem cessa, Deus começa. O campo preferencial da ação divina é o impossível”. Por isso, prefiro a ajuda do Alto que a auto-ajuda!
Rev. Jean Douglas Gonçalves
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