07 março 2008

ANDANDO COM DEUS EM TEMPOS DE CRISE


Não desaparecia de diante do povo a coluna de NUVEM de dia, nem a coluna de fogo de noite.
Êxodo 13.22



Estamos diante de um momento extraordinário de uma experiência humana com o seu Criador. E isto em momento de crise. Deserto representa muita coisa, dentre elas, momentos de crise. É no deserto onde se teme pela vida, pois é um lugar inóspito. Nele, teme-se a sede, teme-se a fome, uma vez que há poucos oásis, lugares onde há água doce em abundância, e comida é algo que não se pode obter em lugares assim. Terra seca já não se pode plantar para colher, quanto mais um lugar onde somente há areia e rochas. Assim é o deserto que o povo de Israel está neste momento.

Acrescentamos a isto o fato de que o povo, apesar de acostumado a viver no deserto, uma vez que o Egito é pleno deste tipo de solo, vivia às margens do Rio Nilo, um lugar seguro, propicio à vida. Agora, entretanto, estavam somente num deserto árido. Além do mais, não sabiam para onde iriam, ou melhor, sabiam que havia uma terra como promessa onde a vida era abundante em comida, água e guloseimas como o puro mel. Mas, como chegar até lá? Como enfrentar a morte presente no deserto. O que fazer?

Sabe, às vezes muito se parece a nossa condição de vida com a destes homens e mulheres. Às vezes passamos por circunstâncias onde temos um grande desafio a vencer, sabemos o que colheremos se o transpormos, mas reconhecemos também não saber como fazê-lo. Quantas sãos as crises pessoais, em família, no trabalho, nas relações interpessoais. Quantas vezes são as lutas contra enfermidades, contra a falta de perspectiva de um futuro melhor. Às vezes sentimo-nos em meio a um deserto, enfrentando calor e frio fortes, uma sede insaciável em nossos corações, e nos deparamos com quilômetros de areia e nenhum oásis onde possamos descansar e renovar nossas forças. Por isto, entendo que o texto nos é propício, nos é importante. Apesar de não estarmos passando pela mesma experiência de estarmos num deserto, também temos nossas crises, e, da mesma forma, podemos contar com a presença do nosso Deus a nos ajudar.

É isto que percebo neste texto. Desde o início de nova história para os descendentes de Abraão, Isaac e Jacó, há um Deus que olha por eles, o qual ouve o clamor que de seus lábios sai, e não se mostra indiferente. Não seria de outra forma na caminhada até a terra prometida. Ali, no deserto, corações foram provados, mas não pela ausência do Senhor, pelo contrário, foi em Sua presença que tudo aconteceu. Lembro-me aqui de uma passagem ainda nesta caminhada onde o Senhor se mostra “cansado” da dureza dos corações, mas se mostra propício ao clamor de Moises que lhe diz não poder continuar sem a Sua presença, mesmo que Seu poder fosse dado capacitando-os a enfrentar e vencer até conquistarem a Terra da Promessa feita a Abraão.

Amados, amadas, Deus é um Deus de perto, propício, e presente em nossos momentos de crise.

Na história do povo no deserto, muitos se desesperaram, não confiaram, murmuraram, rebelaram, e por isto se perderam em suas crises pessoais e por elas foram levados a morte e distanciados da promessa, mas, não porque o Pai assim o quis. Pelo contrario! Ele foi misericordioso para com os que se arrependeram e contritos voltaram seus corações para Ele. A estes, saciou-lhes a fome e a sede. Aos que confiaram nas promessas, foi-lhes dado caminhar por 40 anos e não terem privação de direção durante o dia e proteção a noite; suas roupas não se desgastaram, nem suas sandálias. Deus lhes proveu tudo para que pudessem continuar firmes e em paz em meio a um lugar tão inóspito.

Sei que eu e você temos nossas crises, e como são constantes. Nossos corações são corruptos; o inimigo está ao derredor tentando-nos devorar; as lutas e provações tentam submergir nossas almas até afogá-las em rios de magoas, ódio e dor. Jesus Cristo, porém, é o Deus conosco, o advogado que intercede por nós, e, Seu Espírito, nos auxilia na fraqueza intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis diante do Pai.

Portanto, não sejam como os que murmuraram, nem como os que não creram e decidiram seguir seus próprios caminhos. A estes a crise os engoliu, pois fez ruim debaixo de seus pés o chão e os tragou para a morte. Confie, coloque diante do Senhor todas as suas súplicas, orações e ações de graças em o nome do Senhor Jesus Cristo, e sinta a paz de Deus exceder todo entendimento e compreensão humana, e guardar para a vida eterna e para o gozo no Pai, coração e mente.

Lembre-se, o nosso Senhor Jesus Cristo é o Deus presente em nossos momentos de Crise, auxiliando-nos em todos eles, para nossa alegria, e para a sua Honra, Gloria, Louvor e Adoração, amém!

Cleber B. Gouveia
Pastor da IPI de Santa Rosa do Descoberto
Igreja Rural Centenária da IPI do Brasil em Goiás.

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