09 fevereiro 2007

Palavras em favor da vida... Diante da realidade da morte...




“Também disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança...” Gênesis 1.26

“Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”
Genesis 2.7

“Não matarás.”
Êxodo 20.13


A vida realmente não tem mais seu valor. Deus criou, e diz a Palavra, que a vida do homem fora gerada durante todo um dia de trabalho. O Homem fora planejado, e a vida, colocada com muito amor em algo inanimado, feito do barro. Por ter sido feito do barro, é frágil, como um pote de barro o é. E é triste ver como a falsa sensação de poder sobre a vida e a morte tem cegado a muitos, levando-os a decidir quando e onde por fim à vida de seu semelhante, como se fosse o mesmo que tirar a vida de um inseto, ou o mesmo que decidir qual sapato ou roupa usar.
Há uma banalização da vida humana, e por isto, uma desvalorização da vida desta obra magnífica do Criador: eu e você, nós e todos nossos iguais...

É o que vejo no episódio da criança morta no Rio, em troca de nada. Sim, pois, o que é um bem inanimado, e com tempo útil de vida, cujas peças seriam no máximo revendidas por “preço de banana”? O que é este objeto de desejo que no máximo seria usado até que a maresia da brisa do mar o destruisse, ou um acidente de trãnsito o fizesse não ter valor, diante da preciosa vida de uma criança?

Penso eu, de forma desalentadora, que tal fato nos mostra a realidade de nossos dias, onde a preciosidade da vida só está diante dos olhos daquEle que a criou, pois, nós, os semelhantes, não nos vemos mais assim, tão preciosos.
Mata-se por ciúmes, como acontecera no lar de dois jovens no Gama nesta ultima terça, dia 6/02, os quais, pasme, eram evangélicos. E ai, vê-se que até mesmo os filhos, adotados em amor, não aprenderam sobre o Pai.
Vejo muitos filhos de caim, e poucos filhos do Criador... Pois, há pouca revolta e luta contra o mal que se alastra. Poucos estão nas trincheiras... Poucos têm posto a mão no arado, e, muitos, têm olhado para trás, quando não estão olhando para si mesmas.

Entretanto, o que não podemos é nos render diante da desvalorização da vida. Ela é preciosa, única, e poderá ser vivida eternamente somente se este ser animado pelo sopro da vida voltar para o Seu Criador, como nos ensina o Salmo 100 versículo 3.
Pena que nós, os mais beneficiados por tão grande amor, não consigamos compreender, e desta forma nos deixemos seduzir e conduzir pela mentira diabólica de que a vida nos pertence, e dela, podemos fazer o que bem entender.

Diante de tal realidade tão desgraçada, sim, porque não se vê a Graça de Deus nos corações dos homens que fazem o mal e dos que se calam diante deste mesmo mal, quero registrar meu sofrimento e dor; minha revolta e ira; minhas lagrimas e desconsolo diante da morte trágica desta criança, e desta jovem mãe.
Diante de tudo isto, quero colocar meu coração nas mãos do Criador, para que desta forma minha vida esteja no lugar certo, e neste lugar seguro possa ser ensinado de que a vida pertence ao que a fez, e o tirá-la também. Pois, a mim, e a todos os meus iguais, nos cabe tão somente gozá-la da melhor forma, preferencialmente na presença do que a Criou.

Deus nos ajude, e nos sustente graciosamente a cada dia, em Cristo Jesus, amém!

Cleber B. Gouveia
Pastor Auxiliar da 1a IPI do DF e
Capelão do Colégio CEDECAP, em Taguatinga-DF.

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