04 março 2009

CLAMOR POR UM CAMINHAR SANTO!


“Bendito seja o Senhor, porque me ouviu as vozes súplices...” Salmo 28.6

Considerado como sendo um salmo escrito por Davi, o Salmo 28 é uma súplica a Deus por uma intervenção em seu favor. No verso 1 vemos Davi confessar sua busca por Deus: “a ti clamo, ó Senhor”, é ante a face de Deus expor seus temores e anseios. E qual é o motivo do clamor de Davi a Deus? A busca por socorro das garras dos ímpios, dos perversos, dos que falsamente proferem paz ao próximo, mas segundo a malícia dos seus corações, executam suas obras sem temor ao Senhor (v.v. 2-4). Davi, portanto, pede ao Senhor livramento dos falsos amigos, dos falsos conselheiros, dos falsos “bons homens”, pois sabia o fim de tais pessoas (versos 4 e 5).
Em nossos dias precisamos ter clamor semelhante ao do Rei Davi, pois, como há pessoas semelhantes às citadas por ele. Pessoas as quais inicialmente parecem ser boas companhias, falam palavras bonitas, de amor e cuidado para conosco, com propostas interessantes; são alegres, nos alegram, mas, cujas obras, porém, revelam com o tempo o verdadeiro intento de seus corações: a perversidade e a falta de temor e amor a Deus (versos 3 e 5).
E a perversidade e a malícia são caminhos enganosos, e perigosos. São caminhos os quais inicialmente podem trazer vantagens à pessoa que por eles caminha e fundamenta suas ações. Contudo, levam ao desastre, à inimizade, à vergonha, à morte, e morte eterna, pois, no fundo são caminhos pecaminosos, e a Palavra é clara: “a alma que pecar, esta morrerá” (Ez 12.20).

Davi nos avisa: os ímpios em seu caminhar não se “...atentam para os feitos do Senhor, nem para o que suas mãos fazem...” (v. 5); ou seja, não estão “nem aí” para a ação de Deus neste mundo, não se importam com Sua vontade, em viver segundo esta vontade. Assim sendo, um crente no Senhor Jesus Cristo não deve deter ou direcionar seus passos nos conselhos dos ímpios (Salmo 1). Paulo nos diz algo semelhante quando afirma não haver nenhuma comunhão entre luz e trevas (2 Cor 6.14). Por certo, se fizer o contrário, o crente será contaminado com suas palavras e seu proceder, bem como terão o mesmo fim (v.3).

Isto não significará, entretanto, se tornar inimigo, não poder ter amizades com não crentes, mas, sim, em saber que não se pode andar em comum acordo com seus conselhos, ou seja, não ser influenciado por sua forma de ver e viver a vida, mas sim influenciar com a forma de vida proposta pelo Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, segundo Suas Palavras que são espírito e vida, e esta abundante e eterna (João 6. 63-68 e João 10.10).

Assim sendo, proponho que sejamos sóbrios e vigilantes quanto à forma como nos relacionamos. Que vigiemos e oremos por um sondar de Deus em nossos corações, e, acima de tudo, clamemos por livramento dos conselhos e influência de pessoas perversas e maliciosas (lembra-se do final da oração do Pai nosso?). Que façamos sempre a oração final do Rei Davi: “Salva o teu povo, e abençoa a tua herança; apascenta-os e exalta-os para sempre” (v.9), em Cristo Jesus, amém!

Cleber B. Gouveia,pr.

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