Depois da morte de sua esposa, Vance Havner, um conhecido pastor batista, publicou um diário de suas experiências enquanto andou pelo “vale das sombras da morte”. Segundo expressa, a experiência cristã processa-se em três níveis: em primeiro lugar estão os dias de “cimo da montanha” em que tudo vai bem e o mundo parece cheio de sol. Os “dias comuns”, portanto, são aqueles em que fazemos os nossos trabalhos usuais e não nos sentimos exultantes nem deprimidos. Em terceiro lugar vêm os “dias sombrios”, quando nos arrastamos pesadamente através do desânimo, dúvida, desespero e conflito. Estes períodos se estendem às vezes durante dias, meses ou mesmo anos, antes de começarmos a experimentar uma sensação de alívio e vitória.
Há numerosas passagens bíblicas que retrata esta realidade da existência humana. Considere, por exemplo, o Salmo 4.8 em que o rei Davi proclama: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro”. Em outro salmo, logo a seguir, o mesmo Davi confessa: “Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago” (Sl. 6.6).
Não há contradição em Davi. Ele exprime com sinceridade, em ambas as declarações, o seu estado de espírito. O fato, é que o salmista não mascara o sofrimento como grande parte dos evangélicos que, tomado pela consciência de que são intocáveis, inatingíveis e invencíveis, consideram as circunstâncias sofríveis na vida do fiel como falta de fé ou uma vida de pecado. É, porém, irreal pensarmos, como fazem muitos, que podemos passar a vida pulando de um para outro pico da montanha, como se não houvesse planícies ou vales entre eles.
Nem sempre a alegria dura muito tempo. De igual modo, nem sempre o choro perdura. É o próprio Davi quem lembra: “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl. 30.5). Mesmo diante de situações adversas as canções davídicas são incluídas num contexto de esperança, como retrata o salmo 43.5: “Por que está abatida, ó minha alma? Por que te pertubas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.
Como homem, Jesus também experimentou tristeza. Logo após o momento aprazível no cenáculo, Jesus segue para o Getsemani onde “começou a entristecer-se e a angustiar-se”, a ponto de exclamar: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mt 26.36-38). Três dias depois, porém, estrugiu a alegria da ressurreição. Em cumprimento de sua missão messiânica, Jesus esperava pelos “dias sombrios”, e não se surpreendeu diante do sofrimento.
Quando somos suficientemente realistas para contar com as dificuldades que nos sucumbem e bastante informado para saber que Deus está no controle, então tornamo-nos equilibrados em nossa saúde emocional, certos de que situações calamitosas sobrevirão, e poderemos dizer assim como Davi “à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades” (Sl 57.1). Montes e vales são experiências de todos nós. Há dias ensolarados e há dias sombrios. Que o Senhor seja honrado em todos os momentos de nossa vida, seja na alegria ou na tristeza, na esperança ou na angústia, no monte ou no vale.
Há numerosas passagens bíblicas que retrata esta realidade da existência humana. Considere, por exemplo, o Salmo 4.8 em que o rei Davi proclama: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro”. Em outro salmo, logo a seguir, o mesmo Davi confessa: “Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago” (Sl. 6.6).
Não há contradição em Davi. Ele exprime com sinceridade, em ambas as declarações, o seu estado de espírito. O fato, é que o salmista não mascara o sofrimento como grande parte dos evangélicos que, tomado pela consciência de que são intocáveis, inatingíveis e invencíveis, consideram as circunstâncias sofríveis na vida do fiel como falta de fé ou uma vida de pecado. É, porém, irreal pensarmos, como fazem muitos, que podemos passar a vida pulando de um para outro pico da montanha, como se não houvesse planícies ou vales entre eles.
Nem sempre a alegria dura muito tempo. De igual modo, nem sempre o choro perdura. É o próprio Davi quem lembra: “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl. 30.5). Mesmo diante de situações adversas as canções davídicas são incluídas num contexto de esperança, como retrata o salmo 43.5: “Por que está abatida, ó minha alma? Por que te pertubas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.
Como homem, Jesus também experimentou tristeza. Logo após o momento aprazível no cenáculo, Jesus segue para o Getsemani onde “começou a entristecer-se e a angustiar-se”, a ponto de exclamar: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mt 26.36-38). Três dias depois, porém, estrugiu a alegria da ressurreição. Em cumprimento de sua missão messiânica, Jesus esperava pelos “dias sombrios”, e não se surpreendeu diante do sofrimento.
Quando somos suficientemente realistas para contar com as dificuldades que nos sucumbem e bastante informado para saber que Deus está no controle, então tornamo-nos equilibrados em nossa saúde emocional, certos de que situações calamitosas sobrevirão, e poderemos dizer assim como Davi “à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades” (Sl 57.1). Montes e vales são experiências de todos nós. Há dias ensolarados e há dias sombrios. Que o Senhor seja honrado em todos os momentos de nossa vida, seja na alegria ou na tristeza, na esperança ou na angústia, no monte ou no vale.
Sonia Carniato Gonçalves,
é esposa do Rev. Jean Douglas, bacharel em teologia
com especialização em Aconselhamento Cristão.
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