30 dezembro 2006

Elias

Agora eu sei que o senhor é um homem de Deus e que Deus realmente fala por meio do Senhor!
1 Reis 17. 24

Queria ser reconhecido e viver em uma comunidade que fosse reconhecida por ser instrumento por meio de quem grandes libertações e milagres se operassem. Elias era um homem assim. Era um profeta cujo poder se funda em sua relação com o Senhor. Em sua intimidade e comunhão com o Pai ele é conduzido à casa de uma viúva em Sarepta. Ali, ela mora sozinha com seu filho e se prepara para cozinhar o último pãozinho e, então, morrer de fome ao seu lado naquela terrível seca.
Quando o profeta chega, Deus muda tudo por meio dele. Não se preocupe! Vá preparar a sua comida. Mas primeiro faça um pãozinho com a farinha que você tem e traga-o para mim. Depois prepare o resto para você e para o seu filho. Pois o Senhor, o Deus de Israel, diz isto: “Não acabará a farinha da sua tigela, nem faltará azeite no seu jarro até o dia em que eu, o Senhor, fizer cair chuva” (1 Rs. 13 – 14). Ninguém morrerá de fome. Deus suprirá as necessidades do Seu profeta e daquela viúva e seu filho. Enquanto a seca existir, a farinha e o azeite não se acabarão. Um grande milagre operado pela mão do Senhor naquele lugar.

Um outro grande milagre acontece quando o menino adoece e, finalmente, morre. Deus, atendendo a oração do profeta, o ressuscita. A presença de Deus na pessoa de Elias altera o quadro de maneira tremenda na casa daquela viúva. Reverte uma situação de fome e miséria de maneira miraculosa. Cura e ressuscita mortos por meio da vida do profeta. Queria ver essa realidade em minha vida e na da minha comunidade: a presença de Deus ser tão absolutamente perceptível que transforme situação de forma fantástica, ressuscitando mortos, curando enfermos, realizando milagres inauditos.

Além de sinais e maravilhas, a presença de Deus na vida do profeta expõe os segredos. A percepção da santidade de Deus envolvendo aquele homem provoca uma reação interessante na viúva. Ciente da santidade de Deus, ela teme e percebe o seu próprio pecado e sua sujeira pessoal. Homem de Deus, o que o senhor tem contra mim? Será que o senhor veio aqui para fazer com que Deus lembrasse dos meus pecados e assim provocar a morte do meu filho? (1 Rs. 17. 18). Ela vê o Deus santo no profeta e percebe-se como pecadora. Por isso, quando seu filho adoece ela acusa Elias de estar ali apenas para expor seu pecado diante de Deus.

Queria ser reconhecido e viver em uma comunidade que fosse reconhecida pela presença viva de Deus em seu meio. Presença que impactasse profundamente as vidas, que expusesse sua necessidade de perdão e de transformação, porque eu e minha comunidade estaríamos refletindo a presença santa e gloriosa do Senhor. Eu queria viver a experiência relatada em cada avivamento de que apenas pela presença de Deus na vida das pessoas, vidas eram salvas, corações se arrependiam, milagres aconteciam. A presença de Deus era tão perceptível na vida de Elias que a viúva foi impactada e transformada pelo sopro da santidade do Senhor.

Por fim, queria ser reconhecido e viver em uma comunidade que fosse reconhecida como sendo do Senhor e por meio de quem Deus fala aos homens. Agora eu sei que o senhor é um homem de Deus e que Deus realmente fala por meio do Senhor! Toda essa história serviu para que a consciência e o entendimento daquela mulher se estabelecesse. Ela, extasiada, conclui que aquele homem é especial: ele é de Deus e por meio dele o Senhor Santo do universo fala aos homens.

Não é apenas um desejo. Creio, muito mais, que seria a obrigação de todo aquele que foi resgatado pelo Senhor ser reconhecido dessa maneira que aponta o texto sobre Elias. Fomos resgatados pelo Senhor com o propósito de fazermos o Seu nome glorificado em toda a terra. Nesse propósito, existimos para torná-Lo conhecido e fazermos a Sua palavra anunciada entre todos os povos. Por isso, devemos viver, buscando com todas energias a presença de Deus, para que possamos ser instrumentos de Seus milagres – que O glorificam –, para que Sua presença em nós leve o Seu temor àqueles que precisam ainda conhecê-Lo e para que possamos ser reconhecidos como servos e servas de Deus, por meio de quem Ele dirige a Sua Palavra à humanidade.
Daniel Dantas
Jornalista e funcionário da Petrobrás.

24 dezembro 2006

Aprendamos com os pastores...


O relato do Evangelho de Lucas sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos no primeiro Natal, e que presenciaram o cumprimento da promessa de Deus com respeito ao nascimento do Salvador, sempre me desafiam com perguntas inquietantes e exigem de mim ações concretas à altura do real sentido do Natal. (Lucas 2.8-20)

Homens comuns, fazendo coisas comuns e em um dia que aparentemente seria comum. Contudo, um anjo aparece durante a vigília da noite e anuncia a mais importante notícia de todos os tempos: “...hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2.11).

As ações dos pastores após esta “boa-nova de grande alegria” são um desafio para a nossa vida cristã! Veja:

Verso 15: “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer”. Eles demonstraram um real interesse em aprofundarem-se no conhecimento da vontade de Deus!

Verso 16: “Foram apressadamente...”. Conhecer mais, e de forma concreta, a vontade de Deus é urgente; é importante; é imperdível!

Verso 17 e 18: “... vendo-O, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Todos os que ouviam se admiraram...”. Eles proclamaram a mensagem com fervor e fé, o que produzia admiração e interesse!

Verso 20: “voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham ouvido e visto...”. O interesse transformou-se em experiência concreta que redundou em louvor vivo, alegre e jubiloso!

Princípios que aprendemos com os pastores:

1) O conhecimento da vontade de Deus deve levar-me à experiência concreta com Deus. Sem tal experiência, este conhecimento de nada vale para mim!

2) A experiência concreta faz o meu testemunho ser fervoroso. Aquilo que eu creio não passa despercebido das pessoas à minha volta!

3) O louvor, a adoração e a glorificação a Deus são uma realidade visível e permanente na minha vida de fé.
Os pastores celebraram o Natal verdadeiro da maneira que Deus também espera de você e de mim!

Eu quero celebrar este Natal assim como estes pastores, e você?

Rev. Ézio Martins de Lima
Pastor da IPI Central de Brasília
e 1o. Secretário da Diretoria Nacional da IPIB.

21 dezembro 2006

NATAL É LUZ


“O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sobra da morte resplandeceu-lhes a luz...”
Isaías 9.2-6


“Andar em trevas” expressa a vida solitária, sem esperança, sem aspirações e sonhos. É o estado de estar perdido existencialmente, socialmente e espacialmente. Não fora apenas o andar em trevas, estes ainda são sombreados pela morte. Quem vive em tais condições precisa mesmo – e urgentemente— de luz! Luz que dissipe as trevas. Luz que tire de sobre eles a sombra da morte.

Quem são estes que andava em trevas e estão sob sombra da morte? Somos nós! Você e eu!

Na nossa ilusão, concluímos que temos esta luz! Negamos que somos solitários! Negamos até a realidade da morte! Fingimos que a sombra da morte não está sobre nós! Julgam-nos imortais. Andamos com nossos pés sobre uma corda bamba em cima de um precipício sem fundo. E levamos a vida sobre a corda bamba... Está tudo escuro! A sombra da morte cobre o nosso caminho... mas fingimos que está tudo bem! Mas até quando iremos fingir?

Quando Isaías fala do nascimento de Jesus, usa a imagem da luz que é vista por aqueles andavam em trevas e que andavam na região da sombra da morte. Antes do nascimento do Salvador Jesus Cristo, verdadeiramente os homens e mulheres viviam na escuridão da falta de esperança, no frio da falta de sentido e na angustiante certeza da morte.

Mas, a grande luz surgiu. A Sua presença aniquila o poder do pecado e da morte...

Tudo quanto conhecemos de valioso, de belo, de esplendoroso, de magnífico, de sábio... Todos os nossos tesouros que nos trazem segurança, nossos conhecimentos que julgamos ter, se comparados com a Luz de Jesus são como uma fraca chama de vela. E é inacreditável que alguns decididamente tentem passar pela vida, enfrentar a escuridão e a sombra da morte, usando uma fraca luz de vela! A frágil labareda dos sofismas e das nossas pseudo-seguranças, não resiste ao menor dos ventos... Por isso há tanta gente solitária, sozinha, sem esperança, vivendo sob a sombra da morte! É que estão tentando iluminar a vida, iluminar o caminho, e se livrarem da sombra da morte, utilizando a mentira de uma pequena labareda de uma luz de vela!

Você e eu precisamos de Jesus! Precisamos da sua luz! Ele disse “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 9.12).

Nestes dias há luzes por todos os lugares. Lâmpadas que enfeitam pinheiros, fachadas de lojas, ruas, árvores... Mas estas luzes não iluminam a vida, não trazem sentido à vida e muito menos nos livra da sombra da morte. Estas luzes, passadas as festas do final de ano, serão encaixotadas... permanecem, contudo, os homens e as mulheres, com o coração na escuridão.

Que natal você celebrará nestes dias e nos próximos que virão?

Que tal deixar que a luz de Jesus inunde sua vida, dissipando a escuridão e te trazendo a garantia de que a morte não terá poder sobre você? Celebrar o Natal é celebrar que a Luz de Deus visitou-nos para dissipar a escuridão e para livrar-nos da morte.

Rev. Ézio Lima
Pastor da IPI Central de Brasília
e 1o. Secretário da Diretoria Nacional da IPIB.