30 julho 2009

POR UMA VIDA CHEIA DE EXPERIÊNCIAS COM DEUS


Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. 1ª. Pedro 2. 1-3

Perseverar no caminho da Graça de Deus é perseverar numa forma de vida onde temos experiência com Deus. Pois, se a Graça de Deus é a forma como Ele se manifesta a nós em Jesus Cristo; se é a forma como somos justificados; se é a forma como recebemos os dons de Deus e frutificamos; é, portanto, a forma pela qual seremos levados a uma vida cheia de experiências com Deus.

Precisamos entender a importância de uma vida cheia da experimentação da presença de Deus para o cristão. Nela, o convívio com o Senhor no dia-a-dia é algo “normal”, e não excepcional. Afinal, se Jesus é o Emannuel, o Deus conosco; se Ele e o Pai verdadeiramente se manifestam para aqueles que o amam (João 14.18-21); então ter experiência com Deus não pode ser algo esporádico, senão diário, contínuo, e básico para a vida cristã.

A partir de tal entendimento podemos concluir que não há vida cristã sem experiência com Deus. E isto é claro pela Palavra que nos ensina uma seqüência lógica da ação de Deus em nossas vidas. Primeiramente, diz a Palavra, o Espírito Santo nos convence do pecado, da verdade e do juízo (experiência com Deus), levando-nos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo, pela qual somos justificados e salvos dos nossos pecados (João 16.8. 1. João 5.6). Na seqüência, este mesmo Espírito não só testifica a respeito da pessoa e obra de Jesus Cristo, segundo a vontade do Pai, mas comunica a nós as virtudes de Deus, como nos diz Paulo em sua carta aos Gálatas (Gálatas 5.22-23), e Pedro em sua carta aos irmãos da Ásia (1ª. Pedro 2.9). Por isto Paulo nos chama a ser cheios do Espírito, e não apagá-lo, e não entristecê-lo, mas buscar a Sua plenitude todos os dias, tendo, assim, experiência com Deus diariamente (Efésios 4.30 e 5.18; 1ª. Tessalonicenses 5:19).

E isto deve nos levar a outra compreensão que, pela Palavra, vem aos nossos corações: somente por uma vida cheia da experiência com Deus é que somos transformados dia após dia, segundo a vontade de Deus. Paulo já nos disse que não podemos ser conformados com este mundo, mas ser transformados pela renovação da nossa mente, experimentando qual seja a boa, perfeita, e agradável vontade de Deus para nossas vidas (Romanos 12.2). E como somos transformados pela renovação de nossas mentes? Pela experiência diária com Deus, pelo Seu Espírito.

É o que nos ensina Paulo em 2ª. Coríntios 3.18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Ou seja, se não houver experiência com Deus, não há como ser transformado pela Glória de Deus. Assim sendo, quando temos uma vivência diária de comunhão com o Pai e o Filho, pelo Espírito, somos inundados pela Glória de Deus, a qual nos leva dia-a-dia para uma transformação contínua, sendo levados a ser semelhantes a Jesus Cristo (2ª Pedro 1.4). Como diz João, todos que recebem a Jesus Cristo recebem “...o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1.12).

Isto, por fim, nos levará a desejar as coisas do “.alto, onde Cristo está” (Colossenses 3.1-4). Fará com que desejemos o verdadeiro alimento espiritual (1ª. Pedro 2.2), o verdadeiro Pão da vida, a verdadeira vida em comunidade, para uma vida frutífera no Senhor! Afinal, não há como ter experiência com Deus e continuar como antes: distantes de Deus e alheios as suas promessas (Efésios 2.11-13). Assim sendo, sejamos motivados a uma busca diária da presença de Deus, cheia do Seu Espírito, segundo Sua vontade, perseverantes na busca por experiências com Deus!


Rev. Cleber B. Gouveia

13 julho 2009

A Importância dos “erros e Fracassos


Um dos maiores obstáculos que enfrentamos na tentativa de alcançar nosso potencial e ter sucesso é o medo de cometer erros, o medo muito humano do fracasso. Entretanto, a excelência baseia-se no fracasso, geralmente um fracasso após o outro.

Tomas Edison, o gênio inventor, certo dia viu-se às voltas com dois assistentes desanimados, que lhe disseram: _ Acabamos de completar nosso setingentésimo experimento e ainda não temos resposta. Fracassamos.

- Não, meus amigos - disse Edison - vocês não fracassaram. Trata-se simplesmente de que sabemos mais acerca desse assunto do que qualquer outra pessoa. E estamos mais próximos de encontrar a resposta, porque agora conhecemos setecentas coisas que não devemos fazer. Edison continuou a dizer aos seus colegas: - Não chamem isso de erro. Chamem-no treinamento.

Que perspequitiva maravilhosa! Não sei quantas outras vezes foram necessárias até que Edison tivesse êxito, mas todos sabemos que afinal ele e seus colegas viram a luz. Viram-na literalmente. A História da humanidade revela que somente os que foram capazes de perseverar em seus propósitos e sonhos, não obstante erros e “fracassos” que tiveram grandes vitórias pessoais e realizaram feitos que até hoje beneficiam todos nós.

Se você em algum momento fracassou, se cometeu erros, não se proste, não desista, decida acertar. Para isso você precisa continuar tentando. Não insista nos erros cometidos, tire lições, aprenda com eles.

E o fracasso de “ontem”? Não pense mais nisso – levante, sacuda a poeira e dê a volta por cima. O passado é só memória, o futuro é expectativa, o presente é agora. Aja! Movimente-se! Fé em Deus! Coragem! E não se esqueça... “Os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” (Isaias 40:31) E como disse o escritor da Carta aos Hebreus: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. (Hebreus 10:36).

Que o Senhor renove tuas forças, fé, esperança, alegria e Sonhos!

Rev. José Drailton
Pastor da I.P.I de Cuiabá, Mato Grosso

07 julho 2009

PERSEVERANDO NO CAMINHO DA GRAÇA


“Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus.” Atos 13.43

A palavra Graça no grego é Caris, e significa “favor imerecido”. Nós, cristãos, somos chamados a viver segundo este favor de Deus dado a nós, pois é segundo este que não somos destruídos pela Ira Divina. Mas como é difícil, não é mesmo? Afinal, há outro ser criado o qual busca tanto ter justiça em si mesmo? Aí, se erramos nos afastamos de Deus, pois achamos que Ele não nos ama mais; e, se permanecemos em pé, também somos afastados, pois a soberba do nosso coração nos justifica diante de nós mesmo, e para este não há espaço para justiça de Cristo agir com poder restaurador segundo a Graça de Deus Pai. A Palavra, contudo, nos chama a permanecer na Graça, pois ela é:

A forma como Cristo se revela a nós, e a forma como nEle vivemos (João 1.14): Jesus se manifestou cheio da Graça de Deus. Nele, as pessoas com as quais conviveu no tempo de seu ministério terreno sempre experimentaram do amor e do favor Divinos. Ele curou, Ele libertou, ele ensinou o caminho de volta para Deus, ou seja, em ações ou palavras, o Senhor Jesus Cristo manifestou graça (Lucas 4.22; João 1.15-17; Romanos 1.5). Como não conseguíamos nos achegar a Deus, pois os nossos pecados só nos afastavam cada vez mais de Sua presença (Isaías 59.2), o fato dEle ter-se encarnado e andado entre nós trazendo perdão, reconciliação, e vida eterna, deve levar-nos, em resposta a este favor imerecido, para esta Graça inefável; para uma vida de gratidão e entrega; e à pratica da Sua vontade revelada a nós. E esta afirmação leva-nos a compreender que a Graça de Deus é:

A Forma pela qual somos justificados em Jesus Cristo (Romanos 3.24): nossas obras, por melhores que sejam diante de Deus, não têm força de justificação, e desta forma precisamos entender que nossa salvação não pode vir de nós mesmos! O espiritismo e outras religiões no Brasil e no mundo tentam impor a idéia de que podemos chegar à redenção por nós mesmos. A realidade, porém, nos mostra que não. Não importa quantas gerações tenhamos pela frente, não alcançaremos a redenção por nós mesmos. Pelo contrário! Apesar de toda a evolução do conhecimento e da qualidade de vida, caminhamos para a destruição das coisas criadas. Basta-nos olhar para as guerras por motivos econômicos, visando a exploração e nunca libertação e a preservação da vida; para os desmatamentos e poluição do meio ambiente, os quais destroem a Camada de Ozônio, e trazem o aquecimento global. A restauração, portanto, vem do Senhor por meio do Seu Cordeiro que tira o pecado do mundo, e tão somente por ele (João 1.29; Romanos 3.24). Como Paulo já nos disse: “pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus (Efésios 2.8). Nada do que recebemos de Deus é por méritos próprios, e a Salvação não seria diferente (Tito 3.7). E, segundo esta verdade, devemos perseverar no caminho da Graça, pois, este é:

A forma pela qual recebemos os Dons que nos fazem frutificar no Senhor (Romanos 1.5): Paulo tinha esta consciência. Ele sabia que toda a sua capacidade e autoridade vinham da Graça de Deus, e esta estava em Jesus Cristo. Paulo tinha plena convicção de que não merecia pregar o Evangelho; não merecia o poder de Deus nem sua autoridade; não merecia o perdão dos seus pecados e a vida eterna, e afirma: tudo é pela Graça de Deus em Cristo Jesus! Paulo aprendeu que sozinho, segundo a sabedoria humana, seu serviço junto aos gentios seria infrutífero, mas que, pela Graça, seria poderoso e frutífero para a glória de Deus em Cristo Jesus (2ª. Coríntios 1.12). Por isto, ele exorta aos de Gálatas a voltarem para o viver pela Graça (Gálatas 5. 1-12). Paulo aprendeu no Senhor que a Graça era a chave para uma vida com Deus, cheia de Sua presença, do Seu poder, e dos Dons que nos fazem frutificar (2ª. Coríntios 12.9.

Assim sendo, entendamos: é preciso continuar andando no caminho da Graça. Não rejeite o “favor imerecido” que o Senhor nos traz em Jesus Cristo! Se assim o fizermos, vamos viver melhor a vida cristã, com alegria, disposição, e frutificando para a Sua glória! Termino fazendo a cada um de nós o mesmo convite que o autor de Hebreus fez aos de seu tempo: “Por isto tenhamos confiança e cheguemos perto do trono divino, onde está a graça de Deus. Ali receberemos misericórdia e encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda.” Hebreus 4.16

Cleber B. Gouveia, pr

02 julho 2009

AFIRMAÇÕES DA CEIA DO SENHOR


Na maioria das Igrejas cristãs, celebramos a Ceia do Senhor pelo menos uma vez ao mês. Na tradição judaica é a celebra da libertação da escravidão do Egito, mas, para a Igreja, qual é o significado deste Sacramento? Pessoalmente creio que, ao celebrarmos a Ceia, fazemos alguma afirmações, as quais exponho a seguir:

1. A Afirmação da fé (João 6.22-40; 2ª. Tm 2.22): quando participamos da Ceia afirmamos nossa fé. Não fé na fé, mas fé na pessoa de Jesus Cristo e Sua obra na Cruz (Atos 2.41-42). Cremos que Seu corpo entregue na Cruz nos substituiu diante do juízo de Deus, e ali Ele se fez maldição em nosso lugar para que fossemos salvos (Gl 3.13; 1ª. Pe 2.24). Cremos que o sangue derramado nos purifica de todo pecado, e que tal obra de amor foi sacrifício perfeito, do qual Deus se agradou, e pelo qual somos justificados pela fé (Hb 9.14)! Cremos que fomos libertos do poder do pecado e da morte, bem como da ingerência do Mal em nossas vidas (Cl 1.13 e Ap 1.5). Ou seja, na celebração da Ceia afirmamos que, pela obra de Jesus na Cruz, somos salvos, regenerados, purificados, vivificados, aproximados de Deus, e uns dos outros (Ef 2.11-22).

2. A Afirmação da comunhão (At 2.42 e 1ª. Cor 11.33): quando participamos da Ceia do Senhor, como Igreja reunida, afirmamos possuir uma só fé, um só batismo, um único pão, o mesmo sangue derramado, uma só esperança, um só Senhor e Salvador, e uma mesma vida e participação comum nos benefícios que esta obra de salvação nos traz (1ª. Cor 10.14-22; Ef 4.1-6). Entendemos não estamos sozinhos; há outros conosco! Há uma família da fé, e esta é a nossa família na fé (Gl 6.10; Ef 2.19 e 3.15). Afirmamos precisar andar juntos, cuidar uns dos outros, servir a mesa uns aos outros e, assim, caminharmos com o mesmo propósito de servir a Deus entre os seres humanos destituídos da Sua Glória. Por isto, Paulo nos diz ser preciso ter discernimento do Corpo de Cristo, a Sua Igreja, para que não caiamos em condenação ao participarmos da mesa comum (I Cor 10.16-17 e 29).

3. A Afirmação da vida (João 6.35 e 48; Rm 5.18): pois, se ela é, desde os tempos antigos, a celebração da libertação da escravidão, então é a celebração da vida! Isto porque não podemos nos esquecer de que a escravidão, devido aos trabalhos pesados, sem descanso, e a péssima alimentação, levava para a morte (Êx 5.1-21). Em nosso caso, éramos escravos do pecado e, presos a ele, sofríamos as suas conseqüências, sendo a pior e última delas a morte eterna. Mas, se o salário do pecado é a morte, o Dom gratuito de Deus em Cristo Jesus é a vida eterna, e por isto celebramos a Vida (Rm 6)! Afinal, os que estão em Jesus Cristo são nova criatura, e desta forma vivem uma vida nova abundante de paz com Deus, Alegria, Poder, Amor, Graça, e de Sua presença que lhes traz esperança (João 10.10 e 11.25)!

4. A Afirmação da Esperança (Hb 9.26): Em sua carta aos de Coríntios, Paulo diz ter recebido instrução do Senhor de que a Ceia deveria ser realizada em Memória dEle, e até que Ele venha! Desta forma, ao celebrarmos a Ceia relembramos Seu sacrifício, e anunciamos sua volta (1ª. Cor 11.26)! Nós, porém, muitas vezes participamos da Ceia sem fé no que ela comunica no presente e aponta para o futuro, e nossas celebrações se tornam em funerais, ou sem sentido. Jesus Cristo morreu, mas também ressurgiu de dentre os mortos e vive, e vem para nos buscar no Dia do Senhor (Hb 10.37). Aleluias!

Por isto, celebre o Sacrifício de Jesus Cristo na Cruz; a vida que este nos traz; e a esperança de que um dia Ele vem para buscar os Seus, trazendo consigo novos Céus e Nova Terra, os quais, da parte do Pai, já estão preparados para nós (Isaías 65.18; 2ª. Pe 3.13; Ap 21.1-2).

Cleber B. Gouveia
Pastor das IPIs do P-Sul, em Ceilândia, D. F. e
Santa Rosa do Descoberto, em Santo Antônio do Descoberto, Go.