30 outubro 2009

Defendendo a fé do Evangelho!


“...portai-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo [...] combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho”. Filpenses 1.27


Os crentes precisam ser pessoas maduras para serem capazes de dar a razão de sua fé! É com esta perspectiva que Paulo inicia o trecho de Filipenses 1. 27-30, lembrando aos irmãos e às irmãs da Igreja em Filipos que, como cidadãos do Reino, precisavam viver de modo digno do Evangelho.


Mas, como podemos viver “dignamente conforme o Evangelho”? Paulo nos responde no capítulo 2 verso 12b: buscando o desenvolvimento da salvação. E o que seria desenvolver a Salvação? A palavra usada por Paulo para o termo “desenvolver” é katergazesthȇ, e significa progredir de forma linear até o alvo, trabalhar até o fim (1ª. Ts 4.1). Ou seja, os crentes de Filipos deveriam, em unidade de fé e propósito, procurar desenvolver o habito de desejar, todos os dias, viver de acordo com o Evangelho.


Isto por sua vez, significa ter como alvo a busca diária pela santidade (2ª. Co 7.1; 1ª. Pe 1. 15-16); por um viver em amor (Jo 15.9-10; Rm 12.10 e 13.8); buscando com zelo os dons espirituais (1ª, Co 14.1 e 12), de forma que haja na igreja edificação para o amadurecimento na fé cristã (Efésios 4).


Paulo, portanto, está nos ensinando que não há outro meio de defender a fé do Evangelho, senão pelo crescimento espiritual (Atos 20.25-32). De que não podemos ficar estagnados, pois, toda vez que alguém nos perguntar a respeito da salvação, e não soubermos responder, será isto um sinal de que vivemos sem dignidade a fé do Evangelho.


Desta forma, como alguém que sabe escolher o melhor (Fp. 1.12b), escolha ter por habito a busca do desenvolvimento da sua salvação, procurando conformar-se com o Evangelho de Jesus Cristo (Rm 12.1-2; Hb 2.1). Fazendo isto, tenho certeza de que nada impedirá o seu testemunho de fé, e os frutos naturalmente irão aparecer (Jo 15.1-16). E lembre-se: Deus deseja nos levar a tal desenvolvimento (Fp. 1.6; 2.13; 2ª. Co 9.8).


Cleber B. Gouveia, pr.

09 outubro 2009

ESPERANÇA A SOMBRA DA MORTE

Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” Filipenses 1.21.

O salmo 23 talvez seja o mais conhecido de todos os textos bíblicos. E isto não somente entre os cristãos, mas judeus, mulçumanos, budistas, espíritas, entre outros. O que o faz tão conhecido? A resposta é fácil: quem não precisa de esperança em meio à dor da proximidade da morte, ou ao passar por esta na família? E neste salmo, assim como em Filipenses 1.21-24, temos a confissão da esperança em meio à proximidade da morte: ainda que eu ande pelo vale da sobra da morte, não temei! Pois o Senhor está comigo, a sua vara e o seu cajado me consolam (v.4).


Todos sabem do poder da morte (Ec 8.8). Ela é o único momento da vida que não podemos evitar. Dela não há fuga, e todos haverão de prová-la (Gn 3.19; Ez 8.4 e 20; Rm 6.23 e 8.13). E como a morte põe fim ao ciclo da vida, é temida. Afinal, ela acaba com os sonhos; Põe fim na convivência em família; Põe fim aos projetos em execução; Põe fim ao amor entre um homem e uma mulher, entre pais e filhos; Põe fim, para muito, na esperança.


Paulo e Davi, porém, desafiam esta realidade. Ambos estão à beira da morte. Eles, contudo, ainda conseguem ter esperança, e se vêm de forma diferente das outras pessoas. A proximidade da morte não parece ser o fim, e Davi diz: – estou junto às águas tranqüilas de descanso, mesmo Saul estando ao meu encalço, tentando matar-me”. Paulo está para ser julgado e sabia que a morte era uma realidade a ser considerada (Fp 1.19-20). Ele, entretanto, diz: “ – o viver é Cristo, e o morrer é lucro! Para mim passar pela morte é caminhar para a ressurreição, é estar com Cristo (Fp 1.23-24)!


Não há nada mais poderoso que a esperança que brota do relacionamento com o Cristo Ressurreto. Andando com ele não temeremos nem mesmo o vale da sombra da morte. Afinal, aquele que venceu a morte é o nosso pastor, e nada o impedirá de continuar a nos conduzir a pastos verdejantes e para junto das águas tranqüilas de descanso - nem mesmo a morte (Rm 6.1-12; Rm 8.38; 1ª. Co 15.51-58; Fp 3.10)!


Amados, creiamos nisto! Se esperarmos somente pelas coisas deste tempo a morte irá abalar nossa fé, e conseqüente confiança no Senhor. Se, porém, esperarmos na Sua ressurreição, haveremos de encontrar forças, esperança, confiança e alegria, mesmo diante da morte. Paulo e Davi as encontraram. Andemos com eles por este caminho de fé!


Cleber B. Gouveia, pr.