09 outubro 2009

ESPERANÇA A SOMBRA DA MORTE

Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” Filipenses 1.21.

O salmo 23 talvez seja o mais conhecido de todos os textos bíblicos. E isto não somente entre os cristãos, mas judeus, mulçumanos, budistas, espíritas, entre outros. O que o faz tão conhecido? A resposta é fácil: quem não precisa de esperança em meio à dor da proximidade da morte, ou ao passar por esta na família? E neste salmo, assim como em Filipenses 1.21-24, temos a confissão da esperança em meio à proximidade da morte: ainda que eu ande pelo vale da sobra da morte, não temei! Pois o Senhor está comigo, a sua vara e o seu cajado me consolam (v.4).


Todos sabem do poder da morte (Ec 8.8). Ela é o único momento da vida que não podemos evitar. Dela não há fuga, e todos haverão de prová-la (Gn 3.19; Ez 8.4 e 20; Rm 6.23 e 8.13). E como a morte põe fim ao ciclo da vida, é temida. Afinal, ela acaba com os sonhos; Põe fim na convivência em família; Põe fim aos projetos em execução; Põe fim ao amor entre um homem e uma mulher, entre pais e filhos; Põe fim, para muito, na esperança.


Paulo e Davi, porém, desafiam esta realidade. Ambos estão à beira da morte. Eles, contudo, ainda conseguem ter esperança, e se vêm de forma diferente das outras pessoas. A proximidade da morte não parece ser o fim, e Davi diz: – estou junto às águas tranqüilas de descanso, mesmo Saul estando ao meu encalço, tentando matar-me”. Paulo está para ser julgado e sabia que a morte era uma realidade a ser considerada (Fp 1.19-20). Ele, entretanto, diz: “ – o viver é Cristo, e o morrer é lucro! Para mim passar pela morte é caminhar para a ressurreição, é estar com Cristo (Fp 1.23-24)!


Não há nada mais poderoso que a esperança que brota do relacionamento com o Cristo Ressurreto. Andando com ele não temeremos nem mesmo o vale da sombra da morte. Afinal, aquele que venceu a morte é o nosso pastor, e nada o impedirá de continuar a nos conduzir a pastos verdejantes e para junto das águas tranqüilas de descanso - nem mesmo a morte (Rm 6.1-12; Rm 8.38; 1ª. Co 15.51-58; Fp 3.10)!


Amados, creiamos nisto! Se esperarmos somente pelas coisas deste tempo a morte irá abalar nossa fé, e conseqüente confiança no Senhor. Se, porém, esperarmos na Sua ressurreição, haveremos de encontrar forças, esperança, confiança e alegria, mesmo diante da morte. Paulo e Davi as encontraram. Andemos com eles por este caminho de fé!


Cleber B. Gouveia, pr.

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