23 março 2009

A alegria de estar na Casa do Senhor

Boa noite!

Hoje desejo postar um texto que muito edificou minha vida. O autor é o presbítero Nilton Alves, tesoureiro da IPI do P-Sul, em Ceilândia, Igreja da qual sou cooperador de Jesus Cristo no pastoreio. Espero muito que sua vida também seja motivada a desejar estar na casa do Senhor como o Salmista no Salmo 86.



A alegria de estar na Casa do Senhor

 Presb. Nilton Alves Rabelo

Irmãos desejo nesta pastoral levar a igreja a refletir sobre a importância de congregar, sobre a necessidade de ir à Casa do Senhor. Ir a igreja deve ser um motivo de muita alegria e não de obrigação. Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores(1 Tm 1:15). A salvação é algo pessoal. Cada um de nós é conclamado a arrepender-se e aceitar o Salvador. Porém, uma vez salvo, o crente não está destinado a trilhar seu caminho solitário. Talvez isso até fosse mais fácil em certo sentido, porém não é esse o propósito de Deus. Precisamos congregar, precisamos ir a igreja e ser auxílio um dos outros .

O Salmo 122:1 fala sobre o valor da Casa de Deus. O centro do culto não é mais uma única cidade, como estabelecia no Antigo Testamento, mas as muitas igrejas locais (Jo 4:21), assim podemos aprender deste salmo um grande respeito pelas coisas de Deus: adoração, revelação, unidade e justiça. Davi se regozijava porque a lei de Deus era a posse do povo de Israel, se regozijava porque Deus era a sua maior riqueza. Regozijava porque a igreja era a Casa de Culto em que Deus estava presente. Amados se o culto congregacional no Antigo Testamento era tão festivo e alegre; mais jubiloso, festivo e alegre deve ser o nosso culto, visto que o evangelho de Jesus foi plenamente revelado a todos nós.

Ser membro de um corpo é ser parte integrante de um organismo vivo. “Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve” (1 Coríntios 12:18). Não se trata, portanto, de estabelecermos uma organização com estatutos e profissão de fé, nem de reiterarmos prescrições a serem seguidas, mas simplesmente de reunir-nos porque o Senhor e Seu Espírito nos juntaram, sendo Ele mesmo o elemento central:  “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20). Observemos que não é dito “onde se reunirem”, mas “onde estão reunidos”. 

Irmãos e irmãs, como igreja local precisamos ter a consciência de que precisamos congregar-nos e vir a ser auxílio e não empecilho. Infelizmente, muitas vezes nos assemelhamos à sociedade secular, onde os descontentes estão em constante disputas e rixas. Temos  contribuído para a manutenção da paz na igreja? Tiago acrescenta: Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados” (Tg 5:9). As murmurações agitam, primeiro, nosso interior: nosso espírito opõe-se contra determinado irmão ou irmã, ou alguma atitude coletiva que foi tomada, e então, procuramos argumentos para nos assegurar que temos razão. As queixas mantidas em silêncio vão se acumulando até que, finalmente, são lançadas em rosto. Quanto empecilho uma atitude como essa pode suscitar numa igreja!

Em Hebreus 10:24-25, está escrito -  “Não deixemos de congregar-nos”. Essa exortação vem quase imediatamente após a menção da plena “ousadia” que temos para ‘‘entrar no santo dos santos” (v. 19 e 22). Trata-se de um privilégio desconhecido para o Israel de outrora, quando só os sacerdotes podiam entrar no santuário para realizar os serviços sagrados, e o sumo sacerdote, sozinho, uma vez ao ano, podia entrar no santuário interior (9:6-7,25).

Hoje, lavados e justificados, entramos no santo lugar na plena luz da face de Deus. Se podemos entrar e falar diretamente com Deus, de onde procede o costume, muito comum, de não visitarmos regularmente as reuniões?  De ficarmos em casa e não virmos à igreja?

A verdade é que podemos ter tanto de Cristo quanto quisermos. Podemos nos aprofundar n’Ele o quanto optarmos, vivendo plenamente segundo Sua palavra e direção.  Precisamos restaurar a paixão pelo o mover de Deus, restaurar a paixão pela casa de Deus. Precisamos olhar continuamente para Jesus. É impossível alguém olhar  para Jesus e não ficar apaixonado por Ele. Ef.5:14/ Heb.12:2/ II Cor.3:18. Precisamos viver e andar  perto de gente apaixonada por Deus.

Tenha alegria em vir a Casa do Senhor. Regozije-se em entrar na presença do Senhor. Permita meu irmão, minha irmã que Deus trabalhe de forma profunda, em seu coração e em sua vida e que Ele faça de você um vaso de honra, de testemunho, de poder e vida.

Irmãos que a nossa oração seja: Senhor quero sempre estar alegre por poder ir a tua igreja. Amém.

16 março 2009

VIVENDO PLENAMENTE A COMUNHÃO DOS SANTOS

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Atos 2.42

Durante esta semana estive com algumas irmãs e irmãos de nossa comunidade. Além, é claro, de realizar visitas, ministrei a Ceia do Senhor, cantei, orei com eles, e mantivemos comunhão.  Como fui edificado, abençoados, alegrado nestes momentos. Sim, pois ao estar com mais pessoas diante da mesa servida pelo Senhor, ao orar com elas em unidade, e cantar louvores ao único Deus e Senhor, pude compartilhar com elas aquilo que nos é comum pela fé em Cristo Jesus: nossa vida cristã e todas as benção de Deus nEle! E isto é verdadeiramente enriquecedor!

E a Comunhão é isto! É estar juntos para partilhar aquilo que nos é comum – no sentido de partilha, de vivência e expectativa – como a Ceia do Senhor o é. É estar juntos para cantar coisas em comum, como a Graça, o amor, as misericórdias, e a bondade do Senhor; é estar juntos para orar por coisas comuns, como o pedir pelo livramento de dias maus, pelo pão de cada dia, pelo fortalecimento de nossos corações na esperança das últimas coisas; é estar juntos para render graças a Deus por coisas comuns a nós, como a gratidão pela nossa Salvação em Jesus Cristo.

Por isto, e desta forma, a comunhão é o momento onde somos renovados pela oração realizada em favor do outro, e por este em nosso favor. É o momento onde somos alimentados com a Palavra compartilhada, alegrados pelos cânticos entoados, e direcionados para um mundo sem Deus, cheios da Sua presença abençoadora e de Sua vida, na certeza de que há muitos como nós, conosco, andando no mesmo propósito.

Entendo ser necessário seguir o exemplo da Igreja de Atos e perseverar na comunhão, no partir do pão, nas orações. Para isto, nós, como Igreja, temos duas formas de viver esta realidade abençoadora: nas reuniões comunitárias, e nas visitas. As reuniões comunitárias acontecem duas, três vezes por semana, são rápidas – no máximo duas horas – e, por isto, precisamos aproveitá-las ao máximo, tendo consciência da importância da mesma para a vida comunitária e individual de cada cristão. Nela há a interação de uns para com os outros. Nas visitas, por sua vez, temos mais tempo disponível para o compartilhar de nossas vidas, e podemos ser mais íntimos, mais próximos, e por isto tal prática é super importante, pois por ela podemos dar continuidade no cuidar de uns para com os outros, iniciado nos cultos comunitários.

De qualquer forma, o que desejo compartilhar com cada irmão, com cada irmã na pastoral deste domingo é: perseverem em viver tal propósito de Deus para nossas vidas. A cruz de Cristo nos possibilita isto, pois as diferenças e inimizades já foram destruídas por ela, e faz de todos nós um só corpo, para viver uma só fé, uma só esperança, em um só Senhor (Efésios 2. 11 -22 e 4. 1-5). Assim sendo, não perca tempo, e mergulhe neste oceano de possibilidades chamado Comunhão dos Santos.

Cleber B. Gouveia, pr.

10 março 2009

ALGUMAS COISAS A RESPEITO DO SACERDOCIO REAL DE TODOS OS CRENTES

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1 Pedro 2.9)

Estamos perto dos 500 anos de nascimento de João Calvino. Como todos sabem, este foi um dos grandes reformadores da Igreja, e como Presbiterianos somos herdeiros de seus ensinos e práticas. Hoje, quero falar um pouco sobre um dos ensinos de Calvino e demais reformadores da Igreja, e conseqüentemente da Reforma Protestante: o sacerdócio real e universal de todos os crentes.

Olhando para a Palavra de Deus encontramos nas palavras do apóstolo Pedro a base para o ensino do sacerdócio real e universal de todos os crentes, e analisando o ensino reformador compreendemos haver, quanto ao sacerdócio real, alguns direitos e outros deveres, alguns dos quais passo a expor a seguir:

Livre acesso a Deus: o sumo sacerdote era aquele que entrava nos santos dos santos. Entrava, porém, com uma corda nos pés, pois, se estivesse em pecado, morreria. Nós, porém, constituídos sacerdotes pelo Sumo Sacerdote Jesus Cristo (Hebreus 4.14), podemos entrar na presença de Deus sem necessidade de outro intercessor que não o Senhor (Efésios 2.18). Ou seja, não há necessidade de mais ninguém para que suas suplicas, suas orações, sua vida se apresente diante de Deus. Não há necessidade de cordas, pois o sangue que nos abre o caminho é o que nos purifica para não somente entrar, mas para ser o Santuário de Deus em Espírito (Efésios 2.21-22; Hebreus 9.14).

Capacidade para ler e compreender a Bíblia: todo sacerdote de Deus pode ler e interpretar a Bíblia, sem que haja proibições, sem barreiras. No tempo de Lutero e Calvino isto não era praticado. Pelo contrário! Era pecado ler a Bíblia. Com a Reforma todos os crentes puderam e ler e interpretar a Bíblia com a ajuda do Espírito Santo, e foi nos dado como herança tal prática devocional. Uma pena, porém, que em nossos dias isto tenha se tornado banal, e o povo “santo”esteja vivendo no pecado por falta de conhecimento (Salmo 119.11; Provérbios 29.18).

O evangelismo pessoal:  pois, se sou sacerdote real, apresento a Deus ao povo, e o povo a Deus. Ou seja, levo a revelação dos mistérios de Deus às pessoas, e as apresento diante de Deus. Em outras palavras sou responsável direto pelo evangelismo e discipulado das pessoas com as quais convivo. Não preciso e nem necessito esperar pela autorização do pastor, presbítero ou qualquer outro líder. Jesus, nosso Senhor já nos deu esta ordem, autoridade e capacitação (28.19-20 e Atos 2 e Atos 4).

Estes são alguns ensinos do legado deixado para nós pelos reformadores, dentre eles Calvino.  Espero poder apresentar outros durante este ano dos 500 anos de Calvino. Enquanto isto de contínuo oro e espero no Senhor  por uma nova Reforma em nossos dias, advinda pelo Seu Espírito, capaz de nos fazer conhecer e viver de forma eficaz o princípio e realidade dos sacerdócio universal de todos os crentes.

Cleber B. Gouveia, 

Pastor da IPI do P-Sul em Ceilândia, D.F., 

e Santa Rosa, em Santo Antônido do Descoberto, Go.

 


08 março 2009

Ser mulher


Tive dois impactos na minha vida em relação ao que é ser mulher. O primeiro se deu quando ainda morava na zona rural. Eu era pequena e já ouvia minha mãe dizer que menina não precisava ir à escola. Afinal, dizia ela, para quê aprender a ler e estudar se o papel da mulher resumia-se a ficar em casa cozinhando, lavando roupas e cuidando de crianças? Aquilo me marcou muito. Comecei a desconfiar que, pelo menos na ótica da minha mãe, era mais vantajoso ser homem. Mas, para minha felicidade, meu pai não pensava assim e decretou que seus filhos só sairiam da escola quando estivessem, ao menos, alfabetizados. Percebi, aliviada, que para ele meninos e meninas – e, por extensão, homens e mulheres – tinham o mesmo valor.

O segundo aconteceu muitos anos depois, na década de 1980. Já estava casada e com dois filhos, um menino e uma menina. Na época, os sermões em muitas igrejas giravam em torno da família e dos diversos papéis desempenhados no lar. Mas sempre que eu ouvia sobre as funções da mulher, sentia certo mal estar, cuja natureza não conseguia definir direito. Só percebia que era uma sensação de falta, mesmo tendo certeza de que, diante de Deus, a mulher é diferente do homem, mas não inferior.

O nobre, naqueles anos, era a mulher se identificar com a frase: “Sou esposa e mãe.” Eu não via nada de errado naquilo, afinal eu era casada e tinha filhos. Mas sentia falta de alguma coisa. Um dia, enquanto via minha filha de 10 anos brincando no gramado de casa, o nó se desfez. Olhei para ela e falei com meus botões: “E se ela não se casar? Ou se, mesmo casada, não gerar filhos?”

Naquela conversa entre eu e eu mesma, compreendi que realmente falta algo na identidade da mulher que vai além do estado civil e da capacidade biológica de gerar e criar filhos. Só que a sociedade está impregnada de mensagens desvalorizando e sugerindo que a mulher é inferior. Basta ver que a publicidade usa e abusa do corpo feminino e da sua sexualidade na divulgação de tudo quanto é produto. E muitas mulheres se submetem, muitas vezes inocentemente, a esta exploração sem se dar conta que estão cooperando com a humilhação, não apenas de si mesmas, mas de todo o gênero feminino. E o que dizer, então, das diversas situações degradantes a que as mulheres são submetidas em pleno século XXI?

Paul Tournier, psiquiatra suíço que muito influenciou os cristãos brasileiros, defendeu a idéia de que a mulher tem o sentido de pessoa muito mais apurado que os homens. Naturalmente, elas se inclinam mais para as pessoas, enquanto os homens, em sua maioria, se devotam mais às coisas. Ele compreendia que, se a mulher cumprisse sua missão, a civilização poderia ser curada de sua frieza e da indiferença com que trata os desprotegidos e indefesos. Na percepção dele, a mulher já provou do que é capaz, mas tem se submetido aos critérios masculinos, mesmo nos espaços por ela conquistados. Isto é, mostrou sua capacidade – mas deixou de lado a parte específica da sua identidade e passou a imitar o homem.

O valor da mulher é resgatado com o advento de Cristo. Deus se fez gente e dependeu de um útero para nascer neste mundo e de seios maternos que lhe dessem sustento. Em todo o ministério de Jesus, ele fez questão de aceitar e reconhecer o valor da participação da mulher. Ao longo de sua trajetória neste mundo, o Filho de Deus protagonizou vários episódios ao lado de mulheres. Ele curou uma mulher com hemorragia uterina, doença exclusiva do sexo feminino; ressuscitou uma menina; gastou tempo ensinando Maria de Betânia, que era solteira, mesmo que a lei judaica só permitisse o ensino para os homens; aceitou o presente e os gestos de gratidão da mulher tida por todos como prostituta; não julgou aquela que foi flagrada em adultério, e amorosamente ainda a convidou a uma mudança de vida; e não teve pudores em se revelar como Messias à samaritana do poço, uma mulher discriminada não apenas por sua origem, mas também porque já estava em seu sexto relacionamento conjugal.

Diante do exemplo de Jesus, podemos reconhecer e acreditar no valor intrínseco da mulher pelo que ela tem de singular e único. Pelo potencial específico e inigualável que se expressa através da profissão, das habilidades artísticas, da atividade religiosa, do voluntariado e do envolvimento político – e também pelo seu desempenho no próprio lar, como companheira do homem e como mãe. E, embora a identidade da mulher não dependa exclusivamente do casamento ou da geração de filhos, é claro que a parceria conjugal e a maternidade podem acrescentar e enriquecer suas experiências de vida e contribuir para sua maturidade. Contudo, o valor da mulher pode e deve ser cultivado e desenvolvido independentemente de sua condição, pois ela, como todo ser humano, tem significado em si mesma como ser criado à imagem e semelhança de Deus.

O relato bíblico da Criação mostra que o Senhor delegou ao homem e à mulher a tarefa de cultivar e dominar a terra. Eu acho que, no plano divino, todas as decisões e atitudes humanas devem ser tomadas levando em consideração a ótica masculina e a feminina. Os dois gêneros precisam caminhar juntos – e aprender mutuamente. Os homens precisam considerar e dar espaço para a contribuição da mulher; e ela precisa apenas ser mulher!



Esther Carrenho Casada, avó, teóloga e psicóloga clínica.
Texto publicado no sítio da Revista “Cristianismo Hoje”

04 março 2009

CLAMOR POR UM CAMINHAR SANTO!


“Bendito seja o Senhor, porque me ouviu as vozes súplices...” Salmo 28.6

Considerado como sendo um salmo escrito por Davi, o Salmo 28 é uma súplica a Deus por uma intervenção em seu favor. No verso 1 vemos Davi confessar sua busca por Deus: “a ti clamo, ó Senhor”, é ante a face de Deus expor seus temores e anseios. E qual é o motivo do clamor de Davi a Deus? A busca por socorro das garras dos ímpios, dos perversos, dos que falsamente proferem paz ao próximo, mas segundo a malícia dos seus corações, executam suas obras sem temor ao Senhor (v.v. 2-4). Davi, portanto, pede ao Senhor livramento dos falsos amigos, dos falsos conselheiros, dos falsos “bons homens”, pois sabia o fim de tais pessoas (versos 4 e 5).
Em nossos dias precisamos ter clamor semelhante ao do Rei Davi, pois, como há pessoas semelhantes às citadas por ele. Pessoas as quais inicialmente parecem ser boas companhias, falam palavras bonitas, de amor e cuidado para conosco, com propostas interessantes; são alegres, nos alegram, mas, cujas obras, porém, revelam com o tempo o verdadeiro intento de seus corações: a perversidade e a falta de temor e amor a Deus (versos 3 e 5).
E a perversidade e a malícia são caminhos enganosos, e perigosos. São caminhos os quais inicialmente podem trazer vantagens à pessoa que por eles caminha e fundamenta suas ações. Contudo, levam ao desastre, à inimizade, à vergonha, à morte, e morte eterna, pois, no fundo são caminhos pecaminosos, e a Palavra é clara: “a alma que pecar, esta morrerá” (Ez 12.20).

Davi nos avisa: os ímpios em seu caminhar não se “...atentam para os feitos do Senhor, nem para o que suas mãos fazem...” (v. 5); ou seja, não estão “nem aí” para a ação de Deus neste mundo, não se importam com Sua vontade, em viver segundo esta vontade. Assim sendo, um crente no Senhor Jesus Cristo não deve deter ou direcionar seus passos nos conselhos dos ímpios (Salmo 1). Paulo nos diz algo semelhante quando afirma não haver nenhuma comunhão entre luz e trevas (2 Cor 6.14). Por certo, se fizer o contrário, o crente será contaminado com suas palavras e seu proceder, bem como terão o mesmo fim (v.3).

Isto não significará, entretanto, se tornar inimigo, não poder ter amizades com não crentes, mas, sim, em saber que não se pode andar em comum acordo com seus conselhos, ou seja, não ser influenciado por sua forma de ver e viver a vida, mas sim influenciar com a forma de vida proposta pelo Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, segundo Suas Palavras que são espírito e vida, e esta abundante e eterna (João 6. 63-68 e João 10.10).

Assim sendo, proponho que sejamos sóbrios e vigilantes quanto à forma como nos relacionamos. Que vigiemos e oremos por um sondar de Deus em nossos corações, e, acima de tudo, clamemos por livramento dos conselhos e influência de pessoas perversas e maliciosas (lembra-se do final da oração do Pai nosso?). Que façamos sempre a oração final do Rei Davi: “Salva o teu povo, e abençoa a tua herança; apascenta-os e exalta-os para sempre” (v.9), em Cristo Jesus, amém!

Cleber B. Gouveia,pr.