25 junho 2009

PERSISTINDO NO CAMINHO DA GRAÇA


“Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus.” Atos 13.43

A palavra Graça no grego é Caris, e significa “favor imerecido”. Nós, cristãos, somos chamados a viver segundo este favor de Deus dado a nós, pois é segundo este que não somos destruídos pela Ira Divina. Mas como é difícil, não é mesmo? Afinal, há outro ser criado o qual busca tanto ter justiça em si mesmo? Aí, se erramos nos afastamos de Deus, pois achamos que Ele não nos ama mais; e, se permanecemos em pé, também somos afastados, pois a soberba do nosso coração nos justifica diante de nós mesmo, e para este não há espaço para justiça de Cristo agir com poder restaurador segundo a Graça de Deus Pai. A Palavra, contudo, nos chama a permanecer na Graça, pois ela é:

A forma como Cristo se revela a nós, e a forma como nEle vivemos (João 1.14): Jesus se manifestou cheio da Graça de Deus. Nele, as pessoas com as quais conviveu no tempo de seu ministério terreno sempre experimentaram do amor e do favor Divinos. Ele curou, Ele libertou, ele ensinou o caminho de volta para Deus, ou seja, em ações ou palavras, o Senhor Jesus Cristo manifestou graça (Lucas 4.22; João 1.15-17; Romanos 1.5). Como não conseguíamos nos achegar a Deus, pois os nossos pecados só nos afastavam cada vez mais de Sua presença (Isaías 59.2), o fato dEle ter-se encarnado e andado entre nós trazendo perdão, reconciliação, e vida eterna, deve levar-nos, em resposta a este favor imerecido, para esta Graça inefável; para uma vida de gratidão e entrega; e à pratica da Sua vontade revelada a nós. E esta afirmação leva-nos a compreender que a Graça de Deus é:

A forma pela qual recebemos os Dons que nos fazem frutificar no Senhor (Romanos 1.5): Paulo tinha esta consciência. Ele sabia que toda a sua capacidade e autoridade vinham da Graça de Deus, e esta estava em Jesus Cristo. Paulo tinha plena convicção de que não merecia pregar o Evangelho; não merecia o poder de Deus nem sua autoridade; não merecia o perdão dos seus pecados e a vida eterna, e afirma: tudo é pela Graça de Deus em Cristo Jesus! Paulo aprendeu que sozinho, segundo a sabedoria humana, seu serviço junto aos gentios seria infrutífero, mas que, pela Graça, seria poderoso e frutífero para a glória de Deus em Cristo Jesus (2ª. Coríntios 1.12). Por isto, ele exorta aos de Gálatas a voltarem para o viver pela Graça (Gálatas 5. 1-12). Paulo aprendeu no Senhor que a Graça era a chave para uma vida com Deus, cheia de Sua presença, do Seu poder, e dos Dons que nos fazem frutificar (2ª. Coríntios 12.9), pois, é ela:


A Forma pela qual somos justificados em Jesus Cristo (Romanos 3.24): nossas obras, por melhores que sejam diante de Deus, não têm força de justificação, e desta forma precisamos entender que nossa salvação não pode vir de nós mesmos! O espiritismo e outras religiões no Brasil e no mundo tentam impor a idéia de que podemos chegar à redenção por nós mesmos. A realidade, porém, nos mostra que não. Não importa quantas gerações tenhamos pela frente, não alcançaremos a redenção por nós mesmos. Pelo contrário! Apesar de toda a evolução do conhecimento e da qualidade de vida, caminhamos para a destruição das coisas criadas. Basta-nos olhar para as guerras por motivos econômicos, visando a exploração e nunca libertação e a preservação da vida; para os desmatamentos e poluição do meio ambiente, os quais destroem a Camada de Ozônio, e trazem o aquecimento global. A restauração, portanto, vem do Senhor por meio do Seu Cordeiro que tira o pecado do mundo, e tão somente por ele (João 1.29; Romanos 3.24). Como Paulo já nos disse: pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus (Efésios 2.8). Nada do que recebemos de Deus é por méritos próprios, e a Salvação não seria diferente (Tito 3.7).

Assim sendo, entendamos: é preciso continuar andando no caminho da Graça. Não rejeite o “favor imerecido” que o Senhor nos traz em Jesus Cristo! Se assim o fizermos, vamos viver melhor a vida cristã, com alegria, disposição, e frutificando para a Sua glória! Termino fazendo a cada um de nós o mesmo convite que o autor de Hebreus fez aos de seu tempo: “Por isto tenhamos confiança e cheguemos perto do trono divino, onde está a graça de Deus. Ali receberemos misericórdia e encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda.” Hebreus 4.16

Cleber B. Gouveia, pr

01 junho 2009

A proposta do Evangelho do Reino de Deus


Evangelização não é o mero anuncio do Evangelho, não é o anuncio de um discurso; evangelização é uma proposta de vida. Ela, portanto, não é um discurso qualquer, mas é uma proposta absoluta de mudança de vida, a começar pelo fato de que a Evangelização é a proposta da possibilidade de viver dentro agora do ambiente divino conforme Deus quer! A Evangelização é o anuncio do jeito que se deve viver.


Evangelizar é, portanto, um processo radical, uma proposta radical, uma proposta definitiva. Não é um discurso ou convite para mudar de religião. Evangelizar é primeiramente uma proposta de ampliação da consciência onde primeiro se percebe que Deus existe e é a realidade do universo, subsistindo todas as outras realidades nEle


A pergunta que surge é? Qual o jeito certo de subsistir nEle? E uma vez que há um jeito certo de subsistir nEle, qual é o caminho? Como se consegue chegar lá? Como se consegue ser deste jeito? Como se consegue fazer isto? São perguntas que estão postas! Aí o Evangelho é a boa notícia a partir da perspectiva do Reino, pois o jeito certo de viver é segundo a justiça do Reino, e o caminho é Jesus Cristo.”

                                                                      

                                                                              Pr. Ariovaldo Ramos

Texto digitado a partir da primeira parte do sermão "O Evangelho do Reino" 

encontrado no site www.lifestream.com.br