22 agosto 2009

POR UMA VIDA FELIZ NO SENHOR JESUS CRISTO!

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos”. Filipenses 4.4

A carta de Paulo aos Filipenses é considerada a carta da alegria. Não que ele esteja num momento muito feliz, pelo contrário. Ele está preso em Roma (provavelmente entre 55-61 d.C), e sabendo de que a sua situação não é boa. Sua vida corria perigo! Mas Paulo mesmo assim se Alegra no Senhor, e por vários motivos:

· Os irmãos de Filipos se dispuseram compartilhar com Paulo de suas posses para suprir suas necessidades, participando, assim, de seu sofrimentos (Fp. 4.10);

· Alegrava-se, portanto, por ver Deus suprir suas necessidades em meio à tribulação (4.11-13 e 19-20).

· Alegrava-se em Jesus Cristo, seu Salvador, e na Sua cruz, coroa e segunda vinda, e nisto Paulo se gloriava (Fp. 2. 5-11; 3.20-21; 4.5).

· Alegrava-se pelo fato de ver outros sendo salvos e sua vida ser o instrumento de Deus para a realização de tal obra (Fp 1.6; 2. 17-18; 4.1).

Paulo, enfim, se alegrava em meio à tribulação não porque as circunstâncias eram favoráveis, e tudo lhe ia bem, mas, em meio a sofrimento e solidão, ele se alegrava nos irmãos, auxiliares de seu ministério (Fp 4.1-10). Por isto Paulo pode exortar aos Filipenses que se alegrassem no Senhor, pois ele mesmo sabia que a alegria cristã não é um sentimento dependente de circunstâncias, e assim volátil. O cristão não “está alegre”, ele é alegre. Afinal, a alegria é uma das virtudes da nova vida que o Espírito Santo nos traz (Gl 5.22).

E precisamos ter claro uma coisa muito importante: esta alegria é no Senhor! E este Senhor é Jesus Cristo Ressurreto! Ou seja, Paulo não é e nem estimula ninguém ao sadomasoquismo (causar sofrimento próprio ou dos outros para ter prazer). Paulo tem consciência que sem Jesus o sofrimento seria insuportável; a esperança sumiria como a névoa quando tocada pela da força dos raios de sol; e a vida passaria demoradamente com muita tristeza e dor. Em Jesus Cristo, porém, a esperança é viva, o amor verdadeiro, e a presença de Deus verdadeira em sua vida e na vida de seus irmãos! Por isto ele os chama para a alegria, ao invés da tristeza que os conflitos e a ansiedade do dia-a-dia nos trazem!

Paulo, com isto, procura combater os falsos mestres que não criam na ressurreição de Jesus, e cujo ensino tentava tirar a alegria dos irmãos de Filipos no Senhor (Fp. 3.1-20). Com a Palavra de Paulo, os irmãos desta Igreja são levados a se lembrarem da Palavra de salvação; do testemunho de Paulo sobre Jesus Cristo e Sua obra de salvação; e assim se alegrarem no Senhor na comunhão dos Santos, para que pudessem, com força e perseverança, enfrentar co os perigos que se aproximavam.

E da mesma forma que Paulo conclama aos irmãos de Filipos, faço eu o convite a vocês: alegrem-se no Senhor, outra vez vos digo: alegrem-se! Não importa qual seja sua situação, ela não é o fim.

Não importam as lutas, os conflitos, as dores, pois estes não são a motivação de sua alegria, e, creia, Deus suprirá suas necessidades, todas! Convido você a ter a mesma esperança que Habacuque teve no Senhor, o qual, mesmo olhando para uma terra destruída e desolada, pode cantar com fé: Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas (Hc 3.17-19).

Rev. Cleber Batista Gouveia

08 agosto 2009

CAMINHO DE SANTIDADE AO SENHOR!


Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. 1ª. Pedro 2. 1-3.

Perseverar no caminho da Graça de Deus é perseverar numa forma de vida onde temos experiência com Deus. Pois, se a Graça de Deus é a forma como Ele se manifesta a nós em Jesus Cristo; se é a forma como somos justificados; se é a forma como recebemos os dons de Deus e frutificamos; é, portanto, a forma pela qual seremos levados a uma vida cheia de experiências com Deus.

Precisamos entender a importância de uma vida cheia da experimentação da presença de Deus para o cristão. Nela, o convívio com o Senhor no dia-a-dia é algo “normal”, e não excepcional. Afinal, se Jesus é o Emannuel, o Deus conosco; se Ele e o Pai verdadeiramente se manifestam para aqueles que o amam (João 14.18-21); então ter experiência com Deus não pode ser algo esporádico, senão diário, contínuo, e básico para a vida cristã.

A partir de tal entendimento podemos concluir que não há vida cristã sem experiência com Deus. E isto é claro pela Palavra que nos ensina uma seqüência lógica da ação de Deus em nossas vidas. Primeiramente, diz a Palavra, o Espírito Santo nos convence do pecado, da verdade e do juízo (experiência com Deus), levando-nos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo, pela qual somos justificados e salvos dos nossos pecados (João 16.8. 1. João 5.6). Na seqüência, este mesmo Espírito não só testifica a respeito da pessoa e obra de Jesus Cristo, segundo a vontade do Pai, mas comunica a nós as virtudes de Deus, como nos diz Paulo em sua carta aos Gálatas (Gálatas 5.22-23), e Pedro em sua carta aos irmãos da Ásia (1ª. Pedro 2.9). Por isto Paulo nos chama a ser cheios do Espírito, e não apagá-lo, e não entristecê-lo, mas buscar a Sua plenitude todos os dias, tendo, assim, experiência com Deus diariamente (Efésios 4.30 e 5.18; 1ª. Tessalonicenses 5:19).

E isto deve nos levar a outra compreensão que, pela Palavra, vem aos nossos corações: somente por uma vida cheia da experiência com Deus é que somos transformados dia após dia, segundo a vontade de Deus. Paulo já nos disse que não podemos ser conformados com este mundo, mas ser transformados pela renovação da nossa mente, experimentando qual seja a boa, perfeita, e agradável vontade de Deus para nossas vidas (Romanos 12.2). E como somos transformados pela renovação de nossas mentes? Pela experiência diária com Deus, pelo Seu Espírito.

É o que nos ensina Paulo em 2ª. Coríntios 3.18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Ou seja, se não houver experiência com Deus, não há como ser transformado pela Glória de Deus. Assim sendo, quando temos uma vivência diária de comunhão com o Pai e o Filho, pelo Espírito, somos inundados pela Glória de Deus, a qual nos leva dia-a-dia para uma transformação contínua, sendo levados a ser semelhantes a Jesus Cristo (2ª Pedro 1.4). Como diz João, todos que recebem a Jesus Cristo recebem “...o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1.12).

Isto, por fim, nos levará a desejar as coisas do “.alto, onde Cristo está” (Colossenses 3.1-4). Fará com que desejemos o verdadeiro alimento espiritual (1ª. Pedro 2.2), o verdadeiro Pão da vida, a verdadeira vida em comunidade, para uma vida frutífera no Senhor! Afinal, não há como ter experiência com Deus e continuar como antes: distantes de Deus e alheios as suas promessas (Efésios 2.11-13). Assim sendo, sejamos motivados a uma busca diária da presença de Deus, cheia do Seu Espírito, segundo Sua vontade, perseverantes na busca por experiências com Deus!


Rev. Cleber B. Gouveia