31 outubro 2006

DIA DA REFORMA

En el Día de la Reforma, recordamos este Afirmación de fe elaborada por Martín Lutero



Creo en Dios que me ha creado a mi y a todas las criaturas, que me ha dado y sostiene mi cuerpo con todos sus miembros y mi espíritu con todas sus facultades que me provee abundante y diariamente el alimento, vestido y habitación y todo lo necesario para la vida.

Que me ampara contra todo peligro y me protege y guarda de todo mal y todo esto lo hace sin ningún merito o dignidad de mi parte, por su pura bondad y su divina misericordia, esto es ciertamente la verdad.

Creo en Jesucristo, verdadero Dios y verdadero Hombre, es mi Señor. Me ha redimido, a mi, perdido y condenado, liberándome del pecado, de la muerte y del poder del maligno, no con oro o con plata, sino por su sangre y sus sufrimientos y por su muerte inocente, para que le pertenezca para siempre y viva una vida nueva como El mismo, que resucitado de entre los muertos, vive y reina eternamente. Esto es ciertamente la verdad.

Creo que el Espíritu Santo me llama por el Evangelio, me ilumina con sus dones y me santifica, que me mantiene en la verdadera fe, en la Iglesia que El congrega de día en día. Es El también quien perdona plenamente mis pecados, así como a todos los creyentes. Es El quien en el postrer día me resucitará de entre los muertos y me dará, con todos los fieles en Cristo, la vida Eterna. Esto es ciertamente la verdad.



Credo/afirmación de Fe que Martín Lutero escribiera a propósito del Catecismo Mayor

26 outubro 2006

Este dia no Senhor!!!

Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.
Salmo 118.24
A Palavra nos diz que o dia de hoje fora feito pelo Senhor, e nos convida a vivê-lo com alegria. Gosto muito disto! E gosto por vários fatores! Um deles é o saber que cada dia é feito pessoalmente pelo Senhor. Como é bom e seguro saber que meus dias não são obra do "acaso", nem frutos de um "caos" ou do "nada". Não, meu dia tem nome, identidade, etiqueta de fabricação: "obra do Deus Criador. Válido por 24 horas".
Posso afirmar então que me sinto bem! Sei que este dia de vida é fruto do amor misericordioso do Pai, o qual se renova a cada manhã (Lamentações 3.22-23). Por isto, sinto-me seguro! Sim, em paz, descansado, tranqüilo, pois sei em quem esperar o meu amanha, na certeza de que Ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo que penso ou desejo (Efésios 3.20).

Aliás, isto é tão claro! O novo dia é tão cheio de possibilidades, das quais muitas nem mesmo havia imaginado na oração do turno da noite. Por isto, devo alegrar meu coração neste dia! Ele é único! Ele é cheio de possibilidades! Ele é cheio de vida! Ele é cheio da presença criadora do próprio Deus!!!
Assim sendo, penso uma última coisa: como poderei ficar triste num dia tão perfeito! Perfeito para viver novas experiências com as pessoas que estão ao meu redor, dentre elas o serviço ao próximo! Perfeito para amar e ser amado! Perfeito para viver novas experiências com o meu Senhor Jesus Cristo, e assim conhecer e viver a vontade de Deus, pois este dia é resultado desta vontade a qual é Boa, Agradável, e Perfeita, ou seja, um dia simplesmente perfeito!
Desta forma não tenho outra palavra ou oração que não sejam as palavras que exaltem e louvem ao Senhor por ser Ele a minha porção diária de alegria (Salmos 43.4; 45.7). A alegria do Senhor é a nossa força (Neemias 8.10). Não tenho outro desejo que não seja o mesmo do salmista: " Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!" (Salmo 19.14) . Portanto, alegre-se! Este é o dia que o Senhor Deus fez!!! Alegre-se nele(Salmo 59.16 e Salmo 100.2).

Cleber Batista Gouveia.
Pastor auxiliar da Primeira IPI do Distrito Federal (http://www.ipidf.org.br/)
e Capelão do Colégio Cedecap, em Taguatinga, DF.

18 outubro 2006

Tributo a um amigo

Ontem recebi uma notícia que me abalou muito... Fiquei sabendo que um grande amigo da minha adolescência tinha sido encontrado morto numa rua da cidade de Goiânia. A causa da morte é até agora desconhecida. O nome dele era Liciomar Quintino de Oliveira. Ele brincava que faria sucesso no mundo da moda e seria chamado de Lici Quinti Oliverrá... Chorei ontem pelo meu amigo que Deus levou... A dor ficou maior pelo fato de que há muito tempo eu não sabia o paradeiro dele... e só fiquei sabendo nestas circunstâncias! Lembrei-me de uma poesia, e ela serviu de liçao pra mim ontem: "Dê-me flores quando eu possa sentir o seu perfume"... Infelizmente a correria da vida faz com que a gente perca a dimensão da importância das pessoas na nossa vida... até que a morte no surpreende... e a gente se faz um monte de perguntas: "Por que eu nao cuidei?" "Por que eu nao amei?" "Por que eu nao estive mais presente?"! Bom, mas aí é tarde... tarde demais...
Queria ter te dado um abraço, meu amigo...
Fica a saudade... ficam as lembranças... e fica também a lição!

Rev. Ézio Lima

16 outubro 2006

Divagações de uma Alma sobrevivente...



"...e TUDO o que pedirdes na oração, CRENDO, recebereis."
Mateus 21.22


Eu acho interessante este versículo. Nele estão contidas palavras do próprio Senhor Jesus, e nelas, promessa de uma oração respondida. Sempre fico pensando a respeito desta promessa. Nela, o Senhor Jesus, Deus conosco, afirma que tudo o que pedirmos, será recebido se com fé orarmos. O engraçado, para não dizer trágico, é que muitos de nós têm a mania de querer tirar a autoridade do próprio Senhor, ao tentar dizer que não é bem assim "tudo", mas sim "tudo" o que Deus o quiser fazer. Claro, eu tenho certeza de que Deus é maior do que nós, portanto, se Ele desejar não atender o nosso "tudo", teremos o Seu "tudo", que já nos bastaria. Con-"tudo", o que o Senhor Jesus diz é: "e TUDO o que pedirdes na oração, CRENDO, recebereis".
Sabe, às vezes pego-me a pensar sobre este texto, e minhas conclusões não são tão claras para mim mesmo. Fico entre o conflito existente entre o texto e a minha fé. Do texto com o contexto em que vivo, onde nem "tudo" pedido é recebido. Muitas vezes tenho aceitado a realidade do "tudo" não respondido, entretanto, não a quero mais. Quero crer de que a minha fé, mesmo sendo do tamanho de um grão de mostarda, a mim fará ser recebedor do "tudo" colocado diante do Senhor.
Hoje creio que não recebemos o "tudo" pedido por não termos orado "crendo". Pois a fé agrada a Deus, e quando vivemos com fé estamos tendo um coração que se agrada dEle, pois, só vive pela fé o que se agrada desta vontade de Deus pra sua vida: o viver pela fé. Assim, chegou ao texto do Salmo onde o homem de Deus diz: "Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração" (Salmo 37.4). E onde está o tudo que pedimos a Deus crendo? Dentro de um coração que se agrada dEle e Nele, pois, somente um coração que se agrada pede com fé, crendo, e recebe do Senhor "tudo" que o seu coração tenha pedido.
A poucos dias falei sobre isto com o Rev. Jean Douglas em uma de nossas conversas semanais sobre a Igreja. Disse a ele que muitas vezes pedimos a Deus coisas, mas nosso coração fica entre o querer e o duvidar, e assim, vivemos a frustração diária e contínua do pedir e não receber, pois a fé não convive com o ânimo dobre, com a desconfiança. A dúvida poderá até ser uma benção quando esta provar a fé e a fizer mais forte. Contudo, quando tentamos fazê-las, fé e dúvida, conviverem juntas, perdemos a possibilidade do pedir "tudo" e receber.
Da mesma forma é quando nosso pedido é feito pela carne. Tiago diz: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites."(Tiago 4.3). Em Romanos 8.8 Paulo diz: "...os que estão na carne não podem agrada a Deus". E ai mais um motivo pelo qual não recebemos o que pedimos: porque pedimos na carne, e a carne não cogita das coisas do Espírito. Não veja aqui o pedir na carne como sendo o pedir a provisão de algo material, pois tudo fora feito por Ele e para Ele, então, o pedir na carne significa pedir para nós sem nenhuma relação com a vontade de Deus, e assim, em nada nos leva ao louvor, glorificação, exaltação e gozo no Senhor. Mas o coração que se compraz em Deus, este recebe "tudo" o que pede.
Quero, porém, deixar claro não estar defendendo aqui a teologia do "Deus é refém de nosso pedidos". Aliás, não fui o autor de tal afirmação contida no texto de Mateus 21.22 . Fora o Senhor Jesus, o Deus conosco. Sei que este Pai que não nos dá pedra quando pedimos pão (Mateus 7.7-11), é o mesmo que trabalha o nosso coração, e assim, tenho que crer ser este um coração pronto a ser recebedor de "tudo" o que pede, sem reclamar, no tempo de Deus, pois nEle confia e espera (Salmo 37).
Assim sendo, fico com a Palavra do meu Deus comigo, Jesus Cristo, o qual tem toda autoridade nos céus e na terra, pelo nome do qual peço meu tudo ao Pai. Fico, portanto, com a sua afirmação, e desejo receber o "tudo" de Deus para minha vida. Desejo ter uma coração que se agrada do Senhor. Desejo responder positivamente ao pedido de meu Pai, e dar-lhe um coração que se deleita em seus caminhos. Desta forma, creio eu, viverei a realidade do que pede e recebe o "tudo" pedido em suas orações.

No amor de Deus Pai em Seu filho Jesus Cristo,
Cleber B. Gouveia, pr.
Pastor Auxiliar na Primeira IPI do DF (www.ipidf.org.br)
e Capelão do Colégio CEDECAP

03 outubro 2006

Deus sabe que sofremos? Eu creio que sim...



Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O CHORO pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo." Salmo 30.5 "...Porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes ENXUGARÁ dos olhos toda lágrima [...]Ele ENXUGARÁ de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Apocalipse 7.17 e 21.4

Estou neste momento com o coração apertado, em uma situação não muito fácil. Acabo de chegar em minha sala pastoral após ler a síntese da vida e destino de alguns passageiros que perderam a vida no acidente do Boing da Gol, no último fim de semana. Li que esposos perderam esposas e filhos, ainda crianças, de no máximo 5 anos. Li que netos tiveram a espera pelo avô frustrada, e outros, carreiras prematuras interrompidas. Li ainda que um destes tivera a "sorte" na hora errada, pois havia estado em Manaus por ter sido escolhido para uma conferencia da empresa que poucos têm a sorte de estar. Um deles, sobre o qual li de forma mais detalhada nas palavras de sua esposa, fazia o que amava, era antropólogo e desejava viver entre os índios, e voltava para quem amava, esposa e filha. Aliás, nesta história, pude ver a imagem do desespero de uma esposa que deve estar se repetindo no rosto de outras mães, filhos e filhas, esposos, netos, namoradas, amigos, de todos nós. Dela li também a pergunta: "Se Deus existe, porque deixou que isto acontecesse conosco?", e lembrei-me de uma pergunta de C. S. Lewis em um filme biográfico sobre este escritor cristão: "Se nós quando amamos, choramos quando alguém que amamos sofre, porque Deus não?".
Creio que fui fiel às duas perguntas, e sinto-me incapaz de respondê-las. Sei que posso vir a parecer insensível neste momento diante da dor de tantos que perdem seus entes queridos, mas saiba, não estou. Contudo, sei também que Deus não está insensível ao nosso sofrimento. Aliás, Ele sentiu nossa dor de forma tão profunda que se fez um de nós a fim de livrar-nos dela de uma vez por todas. Seu sofrimento e morte demonstraram isto. Por isto sei onde Ele está neste momento, e sei que deseja enxugar nossas lágrimas, as lágrimas daquela esposa, daquele esposo, daquela filha, daquele filho, dos que choram hoje a perda de seus entes queridos.
Não quero ser visto como um irresponsável que simplifica a dor dos que a sentem. Eu sei o que é sentir dor. Pouco mais de um ano atrás perdi em menos de dois meses duas pessoas as quais amava muito. a Primeira fora minha avó, que num surto depressivo tirou a própria vida. Em seguida, minha irmã ficou viúva com 25 anos, e três filhos. Perdi um cunhado que era como um irmão. Ainda hoje sinto falta de sua pessoa, e pergunto a Deus como seria se ele estivesse entre nós. Contudo, não posso negar aqui que Deus não tenha sentido conosco. Ele não somente sentiu, como nos consolou. Não me posso negar o direito de dizer aquilo que Ele fez por mim e por minha irmã, que O conheceu como Deus Consolador em sua vida. Sei que muitas coisas ainda precisam ser cuidadas, tratadas, curadas, mas vejo a boa mão do Senhor sobre nossas vidas.
Sabe, Deus existe, e Ele não é indiferente para com nossa dor. Nós que somos muitas vezes indiferentes para com o Seu Consolo. Mas graças a Ele que nos sustenta, e faz-se presente mesmo quando não nos apercebemos e muitas vezes nos fechamos para seu toque de cura. Sei que outros fatos como estes acontecerão. Após a queda do Boing da Gol outra aeronave de menor porte explodiu no ar e matou três pessoas. Não se fala tanto destes que também morreram. Na verdade, outros acidentes acontecem em todo mundo, a todo instante. Outras vidas e histórias estão sendo ceifadas pelo mundo afora por muitos motivos como o desemprego, as drogas, a bebida, a violência gratuita, a maldade do coração humano. Infelizmente o pecado nos privou da alegria da vida sem sofrimento, e nós não sabemos ainda, e penso que não compreenderemos, do por quê do nosso sofrimento, pessoal e de toda humanidade. C. S. Lewis tentou uma resposta, e disse ser o sofrimento o megafone de Deus, pelo qual nos faz voltar para Ele, e atentarmos ao Seu falar. Contudo, entendo ouvir, em meio a tanta calamidade e sofrimento, Deus nos dizer que Ele sabe de nossa dor, e que desceu a fim de livrar-nos dela. Que para ela tem uma única resposta e consolo: Jesus Cristo.
Volto-me agora para as histórias que me levaram a escrever tudo isto. Lembro-me da esposa que pela filha é consolada em seu choro. Sinto-me incapaz diante de tal situação. Então, volto-me para o alto, e clamo a Deus! Sei que Ele é o único suficientemente capaz de entendê-los em seu sofrer, e ainda mais o único suficientemente capaz de consolar os que choram. Fecho meus olhos e contemplo os novos céus e a nova terra, na qual não haverá mais choro, pois o sofrimento não será mais possível. Lembro-me do salmista e de seu testemunho: "na presença de Deus há plenitude de alegria", então desejo que ela seja sentida por todos que agora sofrem e choram a dor da perda. Então, volto-me para Ele e oro: "Pai, em nome do Teu Filho Jesus, Senhor de todo consolo, toca-os agora com Teu Espírito, e enxugue suas lágrimas, assim como as minhas também, amém!"

Cleber B. Gouveia, pr.