28 janeiro 2008

O tanque

Ricardo Gondim.

Era uma vez, uma cidade muito, muito importante; considerada o centro do mundo porque fatos notáveis aconteceram em suas colinas. Primeiro conhecida como a cidade de Davi, depois Jerusalém, ela se tornou a sede da religião dos judeus, cristãos e muçulmanos - que a consideram sagrada.

Em Jerusalém havia um chafariz que ficava próximo de uma feira de animais. Como sempre foi uma cidade bem mística alguém começou a dizer que as águas desta fonte eram miraculosas. Rapidamente, a notícia ganhou dimensões extraordinárias e espalhafatosas; no mercado, dizia-se que um anjo vinha do céu uma vez por ano, movia as águas e o primeiro doente que mergulhasse, seria curado.

Multidões se formaram, todos aguardando um milagre. A administração municipal de Jerusalém, interessada na romaria, mas também por razões humanitárias, resolveu construir um pavilhão para abrigar tanto enfermo. Edificaram um prédio imponente, com um alpendre de cinco pavimentos, que se lotava de paralíticos, cegos e doentes de toda a espécie. Devido a essa enorme expectativa, sempre adiada, de que uma pessoa (só uma) seria brindada com um milagre, o lugar foi denominado, ironicamente, de Betesda - que significa “casa de misericórdia”.

Conta-se que muitas famílias, para se verem livres dos doentes, os abandonavam nos alpendres do tanque de Betesda. Os ricos compravam escravos para os ajudarem a entrar nas águas. Alguns alugavam as bordas mais próximas, que possibilitavam melhor acesso. Todos queriam o seu milagre e, lógico, os mais abastados, sagazes e famosos, se sentiam perto da graça.

Os pobres e os doentes graves, os destrambelhados, acabavam no fundão do tanque. A esperança deles desvanecia, mas logo chegavam notícias, aqui e acolá, de que alguém acabava de receber o seu milagre - no mercado ao lado, os agraciados contavam sua história e os crédulos e atentos peregrinos que visitavam Jerusalém retransmitiam os testemunhos. Assim, a esperança de cura ficava adiada por mais um ano.

Jesus não vivia em Jerusalém. Aliás, ele residia longe desse ambiente supersticioso – em Cafarnaum, mas sabia dos boatos. Em uma de suas visitas à cidade, resolveu visitar o tanque de Betesda. Com certeza, o que viu foi pior do que lhe contaram.

As pessoas afirmavam que o anjo descia até o tanque anualmente, mas ninguém sabia a data exata. Irrequietos, os doentes mais hábeis saltavam, esporadicamente, para se anteciparem ao anjo. A confusão era constante. Os que se sentiam melhor, corriam pelos corredores gritando “aleluia” e outros, nervosos e frustrados, desmentiam os milagres. Vez por outra, levantavam-se profetas prevendo o dia preciso em que o anjo visitaria o local.
Certos doentes jaziam por anos e anos em total mendicância, esperando o momento da cura que não chegava nunca. O estado de alguns era deplorável. Escaras cheiravam mal e piolhos podiam ser vistos a olho nu nos cabelos de certas mulheres.

Diante dessa realidade tão perversa, Cristo passou ao largo dos mais capazes, dos mais ricos e dos que menos precisavam de cura; dirigiu-se para um dos cantos esquecidos do tanque de Betesda e encontrou um homem que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Ninguém sabe seu nome, mas, com certeza era um pobre; sua família, ocupada com a sobrevivência, se esquecera dele fazia algumas décadas.

Jesus aproximou-se do paralítico e perguntou: “Você quer ser curado”? Ele respondeu dentro da lógica que aprendera: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. De um só fôlego, Jesus ordenou: “Levante-se, pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem pegou a maca e começou a andar.

A passagem de Jesus pelo tanque de Betesda aconteceu num sábado, o dia sagrado dos judeus, porque ele tinha um propósito: mostrar que a religião se preocupa, prioritariamente, com a sua estabilidade. Os religiosos sobrevivem da ilusão e não têm escrúpulos de gerar falsas expectativas em pessoas fragilizadas.

Quando aquele senhor abandonou o tanque de Betesda com a sua maca nas costas, Jesus deixou uma mensagem para a cidade de Jerusalém: "Os milagres que procedem de Deus não premiam quem souber se mostrar hábil, santo ou rico – Deus não faz acepção de pessoas, nem busca transformar os espaços religiosos numa corrida desenfreada pela bênção onde só os mais fortes sobrevivem".

O tanque de Betesda é metáfora que lembra a humanidade que Deus olha graciosamente para os desfavorecidos, para os que não têm a menor possibilidade de se safarem dos torniquetes perversos da injustiça, para os mais indefesos – órfãos e viúvas, por exemplo.

Cristianismo deve, portanto, assumir o compromisso de continuar visitando os campos de exilados (Darfur), as clínicas de Aids (África do Sul), as periferias miseráveis das grandes cidades (Brasil) para anunciar a mais alvissareira de todas as notícias: Deus não se esqueceu dos pobres.

Soli Deo Gloria.
Texto retirado do site www.ricardogondim.com.br

Um comentário:

  1. "Cura Divina da AIDS!"


    Nascido em 20/8/1962 e criado na Zona Sul do Rio de Janeiro. Venho de
    uma família de classe média toda voltada ao espiritismo. Sou filho de
    Marilu Scalzo Legey e Milton Pereira Legey (In Memorium), famoso
    compositor das décadas de 50 e 60, autor de várias músicas famosas,
    dentre elas: Fósforo Queimado, Rolei Rolei etc. Meu pai era irmão de
    Aloysio Legey, diretor de núcleo de vários programas da Rede Globo de
    televisão (Criança Esperança, Desfile das Escolas de Samba, Show da
    Virada etc.), do qual sou sobrinho e afilhado. Fiz faculdade de
    Letras(Port/Ing) e academia de artes maciais (Jiu-Jitsu/faixa-preta).
    Aos 18 anos, herdei do meu avô materno uma construtora, Arthur Scalzo &
    Cia Ltda. Fiquei rico, tinha poder, mulheres, carros, viagens etc. e
    tudo mais que o mundo poderia oferecer de melhor.

    "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo
    consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6:19)

    Aos 21 anos, me tornei dependente químico e chegei a usar todas as
    drogas, tendo tido inclusive 3 overdoses. Com as drogas vieram a perda
    de caráter, da personalidade, a prostituição e a falência. Para tentar
    não cair de padrão de vida entrei na marginalidade e no mundo do crime,
    passando a comprar carros roubados, posteriormente roubando os própirios
    carros, emitindo cheques sem fundos, realizando golpes e participando de
    falcatruas. Fui preso, julgado e condenado a 23 anos pelos diversos
    crimes cometidos. Participei de diversas rebeliões, motins, greves de
    fome etc. Cumpri 8 anos em regime fechado em diversos presídios:
    Presídio Ary Franco (Água Santa), Instituto Penal Edgard Costa
    (Niterói), Presídio Hélio Gomes e Penitenciária Lemos Brito no extinto
    Complexo Penitenciário da Frei Caneca/RJ e 4 anos em regime semi-aberto
    no Instituto Penal Plácido Sá Carvalho no Complexo Penitenciário de
    Gericinó/RJ. Lá deparei-me com o Diretor Paulo Roberto Rocha, que tinha
    sido meu aluno de defesa pessoal quando fez prova para o DESIPE. Ele
    foi um dos precursores a incentivar o convênio para usar a mão de obra
    carcerária para trabalhar nas ruas, e posteriormente assassinado na
    Av.Brasil.

    Em 1998, conheci a pessoa que me mostraria a palavra de Deus, e que hoje
    é a minha amada esposa, Verônica Legey.

    "Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou
    não o separe o homem." (Mateus 19:6)

    Em 2001, como falei, foi feito um convênio entre a Secretaria de
    Justiça, a Fundação Santa Cabrini, a Secretaria de Administração
    Penitenciária e a CEDAE, pelo então Governador do RJ, Anthony Garotinho
    e o diretor da CEDAE/Zona Oeste na ocasião, Alcione Duarte. Consegui
    então, um emprego digno onde trabalhei até Dezembro/2006 na CEDAE.

    "Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado
    abundou, superabundou a graça" (Romanos 5: 20)

    Mas, depois de tantos pecados e orgias, colhi o que plantei. Descobri
    que estava com AIDS. Passei 3 anos tomando os coquetéis
    anti-retrovirais. Participei de uma campanha feita pelo Pastor Ricardo
    Barros de Belo Horizonte/MG, que tem o Ministério da cura...

    "Ele é o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas
    enfermidades" (Salmos 103:3)

    Deus continua operando os mesmos milagres de 2000 anos atrás, Deus
    curou-me da AIDS. Tenho os exames comprovando a cura. Basta aceitá-lo,
    arrepender-se, converter-se dos maus caminhos e ter Fé, pois sem Fé é
    impossível agradar a Deus. Deus ainda me concedeu o Ministério da unção
    da cura e libertação. Temos sido usados como um canal de Bençãos por
    todos os lugares onde temos passado, dentro e fora do Estado. Hoje
    trabalho só para Deus e congrego na Comunidade Evangélica Família
    Cristã em Campo Grande - Pr.Pedro.

    "E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
    buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu
    ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."
    (2 Crônicas 7:14)

    "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele
    que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos
    que o buscam." (Hebreus 11:6)

    Este é apenas um resumo das maravilhas que Deus fez na minha vida.

    Convites para pregações, testemunho, palestras sobre dependência
    química, DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), congressos etc,
    entrem em contato comigo:
    Gilberto Legey
    Tels.: (21)2406-2255 ou (21)9847-1444
    E-mail: gilbertolegey@cooperadoresdedeus.com;
    MSN: gilbertoscalzolegey@hotmail.com
    Site: www.cooperadoresdedeus.com

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