MISERÁVEL homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Romanos 7. 24
Hoje quero confessar minha situação de pecador. Sei não haver nenhuma novidade no que irei dizer, mas nunca disse isto abertamente, a todos. Mas quero dizer sem medo, pois quero estar no verdadeiro amor que vem de Deus (I Jo 4.18). Não quero mais ficar tentando esconder esta montanha de práticas pecaminosas que sou, diante da qual nem mesmo o mais alto monte deste mundo seria capaz de competir. Confesso: há uma montanha de pecados por mim praticados todos os dias.
Por isto, não quero mais esconder minha miséria. Antes o fazia por medo, afinal, nós, pastores, somos "super-homens", temos que ser modelos de perfeição, de dedicação, de homens ( e as pastores devem agora ser o exemplo de mulher), cujo padrão de vida deve ser impecável. Sinta bem esta palavra: impecável. Não pecar, não ter erros. Que palavra mais sem graça, no sentido de não haver espaço para a graça de Deus, como se houvesse a possibilidade do ser humano não percar. Sim, pois quem de nós aqui não for um pecador, e não necessitar da gloria e da graça de Deus, que atire a primeira pedra (Rm 3.23).
Por isto, não quero mais ser este "super-homem", pois, afinal, no fim até mesmo o "super-homem" fez escolhas ruins. Desejo declarar a todos, a todo o sistema, os quais obrigam-me a vive sob máscaras, que sou um miserável cujo fazer se esmera na prática do pecado. Quero afirmar que não sou ator, e hoje tenho a plena convicção de que, por mais que tente, não sou ator. Minhas máscaras pretendo lançar fora do meu alcançe, no fogo do Espírito, na esperança de que sejam destruidas, e o recomeço da caminhada rumo ao alvo seja possível (Fp 3.14). Pretendo deixá-la para trás, e correr como nunca até que esteja bem longe, e sem forças para tentar voltar e recuperá-las.
Por isto, quero olhar para Ele com os meus olhos descobertos. Quero lançar para o alto o meu olhar de pecador desesperado por ajuda, pois não conseguo fazer outra coisa a não ser pecar, pecar e pecar.
Hoje sei o que Paulo sentia em seu coração, ou pelo menos algo semelhante, quando permitiu que este grito desesperado de sua alma fosse ecoado por toda as gerações. Miserável homem que sou!!! Sei o que deve ser feito, prego sobre o que deve ser feito, e eu mesmo não consigo fazer. Não é fácil conviver comigo mesmo. Não estou dizendo que não creio no que prego. Apenas confessando minha incapacidade de viver de conformidade com tudo que creio, ou seja, com os ensinamentos e exigencias do meu Senhor. De viver plenamente uma vida em abundancia de alegria, paz, amor, benigdade, compaixão, fé, mansidão, e domínio próprio. Não tenho conseguido ter um meditar de coração e um falar do meus labios muitas vezes agradáveis ao Senhor. Confesso: tenho orado, mas muitas vezes falhado no meu propósito.
Por isto quero lançar fora todo medo. O medo de dizer que sou pecador, miserável, cujo bem não consigo fazer, mas o mal o faço a todo instante. Quero lancar fora o medo de ser rejeitado pela comunidade não qual convivo e desenvolvo o Dom, de Jesus Cristo recebido, pois não posso mais carregar este peso sozinho. Preciso ser aceito por ela como sou, ou pelo menos como estou, de forma que me sinta livre para expor os horrores de minha alma, as feridas infeccionadas por falta de cuidado, escondidas por causa do medo da rejeição. Quero lançar fora o medo da culpa, o Medo der ser apedrejado. O medo de não ser mais estimado entre os meus. Quero viver o verdadeiro amor, pois, como miserável homem que sou, vejo ser minha única esperança o amor gracioso do Pai em Jesus Cristo. Quero lançar fora o medo de tudo e de todos. Não quero mais viver com medo. E, se falhar nisto também, apenas saibam o quão miserável sou. Diante disto, qual seria minha esperança? A mesma que guardou o coração de Paulo: saber, por boca de meu Senhor e Salvador, que Sua Graça me basta! (II Cor 12.9).
No amor de Deus nosso Pai, em Seus Filho Jesus Cristo,
Cleber B. Gouveia, servo do Senhor Jesus Cristo.
Olá meu amado pastor,
ResponderExcluirA vida cristã é cheia de altos de baixos, muitas vezes erramos o alvo, pecamos, mas Deus na sua infinita misericórida, perdoa os nossos pecados (Is 1:18;1Jo 1:9).
Felizes são aqueles que tem coragem para reconhecer e confessar seus pecados, esses alcançam perdão e misericórida do Senhor Jesus, e ainda que os homens nos rejeite por confessarmos nossas falhas, Deus se aproxima ainda mais de nós.
Não temas, Deus é contigo e lhe dará vitória, apenas busque-o com sinceridade de coração e deposite sua fé e confiança Nele, e deixe que o restante Ele resolverá por você.
Que Deus o abençoe e o fortaleça.
Conte sempre com minhas orações.
Um abraço,
Vasti